Olho pela janela para a tarde que morre debaixo do céu. Ouço as crianças a brincar no pátio da rua e a rua nasce agora a brincar. Tenho uma montanha de coisas por fazer, mas trepo às árvores recortadas nos vidros e que se dobram sob um vento furioso. Eu, como num trapézio, balanço sem rede prestes a cair no abismo. Não sei se o abismo está nesta sala de luz apagada, se na sombra que vai crescendo do outro lado do vidro, não sei se do lado de fora, se cá dentro, se eu mesma aqui no cimo das árvores, se a criança que fazia nascer ruas a brincar. Hoje, é-me difícil parir ruas, pois vivo no velório dos dias.
quinta-feira, 27 de março de 2014
segunda-feira, 17 de março de 2014
sexta-feira, 14 de março de 2014
segunda-feira, 10 de março de 2014
Queremos todos os impossíveis, porque, às vezes, sofrer parece ser a forma mais equilibrada de suportarmos a monotonia dos dias.
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domingo, 9 de março de 2014
segunda-feira, 3 de março de 2014
Para se sentir a felicidade tem de se isolar o coração da cabeça e partir nas asas do bem-querer, que o resto é vento! Pelo menos, até se bater na primeira ramagem da realidade!
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