No quotidiano vai-se perdendo
a expectiva saltitante dos desejos.
Os dias entrincheirados,
jogos de luz e sombras,
a corrigir enganos maquilhados,
onde a vontade declina.
Na noite, a travessia deserta
dos males menores,
viagem sem passaporte, e na bagagem
os sonhos macerados pela vida.
Ali ao lado a margem que ignoramos,
as emoções que perdemos,
o amor que descartamos,
A vida a tactear as feridas, a zelar
para que a um erro suceda outro erro.
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