domingo, 29 de abril de 2007


Não tenho paciência, não tenho!
Este desinteresse pelas pessoas deixa-me de rastos!
Falam comigo e fico sarcástica, suspiro, balanço o pé, viro e reviro os olhos.
As pessoas são estranhas! A começar por mim!
Um encontro, um almoço, troca de mensagens, fotografias, piropos... e depois o enfado! Este enfado que me faz perder a cabeça, principalmente hoje!... Que me sinto deserta! Que sinto a tua falta! A falta dos teus beijos, do teu calor, do teu cheiro, do teu desejo, do teu prazer...
Hoje sinto-me de luto!
Não quero luz, não quero música e nem o silêncio quero ouvir.

Nothing hurts like love




Esta é uma daquelas noites em que bebo, fumo e penso. Penso, fumo e bebo. E sinto-me cretina!
Penso-te, fumo-te, bebo-te.
Hoje estás em mim, estás em todo lado, como uma sombra que me persegue e transborda de mim, de dentro para fora.
Hoje quis que transbordasses em mim, de fora para dentro. Mandei-te os sms mais estupidos que alguma vez mandei! E nem resposta! não que isso fosse surpresa, pois o silêncio é a tua luz.
Ainda assim, sabendo que o silêncio seria a tua resposta, lá fui, mais uma vez fazer o papel de idiota! Como gostas de me ver rastejar! Saber que a larva continua, lentamente, passo a passo, mórbida, lastimável, a tentar pegar-te para sorver o teu corpo, a tua alma. Sim... rastejante e mórbida! Que tristeza, não é? Sim... lastimável! Sim... como tu gostas!
É amor, meu não amor. Sim... amor! Saberás, meu não amor, o que é o amor?
Pois cá estou... numa daquelas noites em que te escrevo, te sonho, te bebo, te fumo e te odeio. Sim... ódio! Saberás meu não amor, o que é odiar amar? É não amar, amar mais do que amar, amar cansada de amar. E odeio-te tanto hoje, que faria amor contigo até te matar... de cansaço. Por vingança... apenas. Por mais nada!
Aliás, é por nada que te amo! Tu sabes, como eu sei... por nada! Não tem explicação! Nínguém pode amar, mais do que eu, por nada! Pode haver maior cretinice! Amar-se alguém, sem razão nenhuma, sem motivo... amar só por amar!
E é por isso que te odeio. Por me fazeres amar-te, assim, por nada! como se o nada fosse alguma coisa! Alguma probabilidade! Alguma fantasia, sequer!
Nínguém, como eu, sente este deserto, de amar e odiar coisa nenhuma! Nenhuma coisa existe, creio eu, de mim, em ti. Nem cheiro, nem imagem, nem rasto! E, todavia, cruelmente, adoras que eu rasteje! E não desistes de sentir o rasto, para o qual nem sequer olhas!
Podia, aqui, neste esconderijo, chamar-te todos os nomes feios, maldizer-te. Poderia!... mas é tão grande o amor que sinto por ti!... que apenas te chamo! Mesmo sabendo que não virás!
Hoje perdi-me, por aqui, na ânsia de coisa nenhuma!

sábado, 28 de abril de 2007


Teimo em não te querer, apagar-te da memória, tirar-te do pensamento, arrancar-te da alma, expulsar-te da minha vida.
Mas hoje quis... esperei por ti! Com o pressentimento firme do silêncio, ou do silêncio firme... a certeza da ausência. E ainda assim, esperei! Como quem espera por nada ou por tudo!
Escondo-me aqui... palavras escondidas... sentimentos escondidos...
Teimo em abandonar... aquilo que parece ter-se enraízado dentro de mim!

quinta-feira, 26 de abril de 2007


Para que serve a memória do que já foi? Senão para lembrar que já não é?
Para quê guardar fotografias? senão para lembrar que tudo está tão inerte, vazio e desprovido de alma quanto elas?
Largo todas as lembranças no túmulo em que te fechaste...
onde nem o silêncio se ouve!
Que me fique o nada...
que é mais do que me deste!

quarta-feira, 25 de abril de 2007


IMPORTANTE É SER HOJE, ESTAR AMANHÃ.