quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

NOITES DA RUA
























Lá estarei para conhecer o Osso Vaidoso!

domingo, 11 de dezembro de 2011

GOTYE



Fascinante! A combinação perfeita entre som e imagem.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

CRANES



Partilharam esta comigo, adorei, partilho aqui. Depois é procurar no youtube e descobrir Cranes porque vale a pena..

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

DESPERTAR

Alentejo - fotografado em andamento
.
Abre-se a lucidez
na fria noite
e a tristeza veste a nudez
do meu amor a monte.

Desperta de um sonhar
insónia branca
manhã que em choro canta
a insensatez do meu amar.

domingo, 27 de novembro de 2011

A UM AMOR SILENCIOSO



Em todos os dias há um instante
Em que voltam as borboletas
Em que a pedra transformada diamante
Esconde amargas lágrimas secretas
Penedo da minha saudade
Onde a medo guardo
Um amor em silêncio
Perdida felicidade
Perdido o tempo
Silenciado

Todos os dias recordo
O amor guardado
Numa gaveta da alma
Todos os dias acordo
Lucida e calma
E dou comigo a pensar
O tempo demorado
Perdido no meu silenciar
Dentro de mim fechado
Sem o poder gritar
Chamar por esse amado
Chorar e sufocar
Sentir e calar
Choro angustiado
Em sufoco derramado

Sem o poder mais amar
Sem o poder mais tocar
Sem o poder mais beijar


Esse perdido enamorado
Que em silêncio sentenciado
Fica em mim a soluçar
Choro sepultado
Por dentro a queimar
No silêncio dos dias
Em tristezas e alegrias
Dentro de mim amortalhado
Na tumba da alma ferida
No chão do meu corpo cansado
Prisoneiro da minha vida
Que fere e sente
Eternamente
Aprisionado



musa
 
O vídeo e o poema fora-me fornecidos por uma amiga poeta Ana Barbara Santo António, sendo que o peoma é de sua autoria.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

FOSTER THE PEOPLE - TORCHES

(2011)
.
Gostei deste, tem um som apropriado para me acompanhar na faxina da casa, pois ajuda nos movimentos de braços e anca.

THE RAPTURE - SAIL AWAY

(2011)
.
Destaco "Sail Away" que por qualquer razão me faz lembrar os nossos X-Wife, e "In The Grace Of Your Love". 

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

DÁ-ME O TEU OLHAR NOCTURNO


Foto do meu filho

Os meus passos afastam-se de mim. Fico sentada a um canto a bservá-los a caminhar pelo Outono dentro de um Novembro inédito que teima em florir por entre a névoa. Não sei se existe alguma harmonia entre os meus passos andantes e eu sentada sobre os dias a sacudir as núvens. Vem depressa, abre-me a janela do Dezembro com o rigor do frio e entra-me no peito como uma tempestade. Que eu gosto de brisas serranas que arrasam como balas de neve. Dilacera-me as veias com o orvalho das tuas madrugadas salgadas. Oferece-me um inverno ímpar, escancarado, onde passem os meus passos sem pressa de passarem.
E enquanto escrevo caiem-me as pápebras sobre os joelhos, tal é o sono que me consome! Ateia-me um fogo dormente no meu quarto de papel. Antes que os meus passos regressem a mim como um golpe súbtil e caia na realidade. Dá-me o teu olhar nocturno dentro de um poema, para sonhar a noite sem a pressa de acordar. Ah! Sono imenso, sonho intenso!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

NO INSTANTE EM QUE TE PENSO

Foto do meu filho

No instante vertical em que me sobes o pensamento, curvam-se os lábios num sorriso infantil. Lembras-me a cereja verde, roubada da árvore no ínicio de Maio. Ah! como apetece o fruto antes da hora da colheita!

No instante em que te penso a árvore desboca flores inquietas, como se anunciasse a Primavera neste Outono deslumbrado.  Nasce-me o impossível nos botões de rosa que apertam o casaco a cobrir-me o frio.

Quando tu me entras pelo pensamento, aqueces os meus velhos cansaços e abrevias o tédio, o tempo, o inverno.

Nesse instante em que me és pensamento, entranço imagens de sonho reinventadas em pretextos de vida. Toda eu me entranho na folha em que te escrevo e caio firme na paisagem que desenho.

MÚSICA NOVA DE LEONARD COHEN

Show Me The Place by leonardcohen

Este Homem move corações!

CLEAR DAY

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

IR AO FUNDO DE TI




Quero ir ao fundo de ti sem me afundar.


sábado, 19 de novembro de 2011

A ESPERA


Fecho as mãos numa espera.  Tantas palavras à espera do vento que as liberte e do peito que as acolha. Nestas tardes calmas, por entre sol e núvens, vejo nas paisagens palavras para guardar em caixas de música e ouvir nas noites de solidão em que "a espera é um arame" farpado, ou não! Há noites em que apenas os meus olhos habitam o escuro.

ASSIM ME SINTO...

QUE ENCANTO!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

AQUI

Meco

O sol desmaiou no meu olhar, aqui onde as ondas enrolam ternuras e se desfazem em desejos a sussurrar.

ARDE-ME O PEITO


Abro os olhos a custo. A cabeça teima em doer, recosto-a na cadeira a travar o pensamento. Estes dias de exilio, sem nada para fazer ou sem nada poder fazer, trazem maior velocidade ao pensamento. A minha vida por um cigarro! Meio, pode ser? Não?! Que cruel esta garganta inflamada ao extremo, a tolher-me a voz, este peito em ferida! Ah! Eu quis embalsamar as dores do peito, dar-lhes rostos de olhos parados e baços, inertes, inofensivos, para as contar uma a uma, como troféus, e rir sozinha na minha demência. Eu quis embalsamar o peito para impedir mais dores, outras dores, dores. Esqueci-me de lembrar como se arrefece o peito, como se congela o peito e se torna uma placa transparente ou opaca, fria como um glaciar. A dor parte-me o peito em pedaços, lascados como vidros. Não esta dor, não esta dor, que esta dor é outra dor. E o peito arde de dor, arde de amor!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

domingo, 13 de novembro de 2011

HOJE


Praia das Bicas - Meco

No fio das palavras.
No limiar do sonho.
Os loucos são todos os outros.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

YES



Vontade de beijar as estrelas...

'E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música' (Friedrich Nietzsche)".

domingo, 6 de novembro de 2011

PORQUE TARDAS?

Foto do meu filho

Adiar o passado para os dias da lucidez acesa, que agora quebranto à luz morna deste sonhar de olhos acordados.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

CARTAS ANÓNIMAS




Fala-me num idioma que eu não conheça. Não te esforces, em boa verdade só conheço o português. Diz-me coisas que eu não entenda e me façam sorrir. Esquece o preto, o cinzento e o amarelo. Fala-me em azul ou vermelho, junto às farripas do cabelo, na nuca, em jeito de brisa a sacudir uma folhagem. Adensa-me o espirito de ventos que arrastem as núvens para outro continente. Limpa-me o céu. Formata-me o sol para que brilhe intensamente ainda que seja necessário reíniciar. Fala-me num idioma que eu não conheça. Como se estivesse de passagem por uma terra estrangeira e desejasse ficar para sempre. Faz-me sentir uma parede sem retratos, um campo de papoilas ou um lago perdido entre montanhas. Dá-me cores para ver mas, sobretudo, para sentir. Dá-me um aroma para levitar e, por fim, caír em teus braços. Corta-me a respiração, mas não te esqueças de me prestares os devidos socorros, de ma restituires. Dá-me um punhado de sonhos e uma mão cheia de lugares que possam ser comuns. Fala-me num idioma que eu não conheça. Porque estou cansada de palavras repetidas
.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

OUTONO



Oh! estou gelada! A chuva infiltra-se por todos os poros! Apetece o enroscar debaixo da manta no sofá e um livro que poderia muito bem ser "O Guardador de Rebanhos".
O Outono tem as cores da tranquilidade, mescla de amarelos e castanhos, sarapintados de melâncolia. O Outono mostra-nos imagens de desapego. As árvores largam ao vento os seus adornos de verão, exibem os corpos despidos, as vestes pelo chão de cores mutantes. A nostalgia das paisagens cruas pelas ruas de abandonos verdes. O Outono ceifa as flores para nos dar a nudez, abrir-nos os olhos ao interior da vida, marca a certeza de uma existência mais profunda que finge ser tisteza, sendo uma outra beleza. O Outono abre-nos os olhos para os contrastes da existência. Fustiga-nos violentamente nestes dias de agreste tempestade.
Gostava de ser audaciosa, despedir o silêncio, como esta chuva imparável! Mas eu sou só, com os meus medos e receios, as minhas dúvidas. Eu sou só com as minhas palavras.

domingo, 23 de outubro de 2011

JANE'S ADDICTION - THE GREAT ESCAPE ARTIST

 (2011)

Sob escuta durante os próximos tempos.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

CARTAS ANÓNIMAS



Não preciso de olhar para trás. Bem sabemos que o passado é coisa que o pensamento nos estende à frente dos olhos, nos lugares mais impróprios e sem hora marcada. Já não vergo os joelhos nem tombo sobre o peito quando olho para dentro do passado. Já não preciso de acender a luz para ver as esquinas onde tantas vezes bati até sangrar. Abriu-se uma janela e depois uma porta. Agora posso entrar e sair, visitar as ruinas, em plena luz. Agora o teu rosto ficou claro e posso percorrer cada traço talhado na memória, sem sentir nos dedos a cicatriz da ausência. Que a ausência, o não ser nada, é por vezes a dor invízivel que nos deforma. Sobre o teu rosto estendo agora um poema branco, contracapa de um amor incompleto. No íntimo do poema, sei que serei sempre tua, mesmo quando já não souber quem somos. Agora posso respirar para lá do teu rosto e amar outro amor que seja meu.

PENSAMENTOS DISPERSOS



Caminhando, devagar, ao nosso própio ritmo, haveremos de nos encontrar, sempre dentro de nós, não lá fora, não nos outros. E haveremos de nos perder uma e outras vezes. Porque a vida vai comendo bocadinhos de nós. E nós vamos largando pedaços da vida, para nos refazermos, reconstruindo sempre e sempre. Lá fora e os outros contribuem com o seu papel, mas é cá dentro que o livro da nossa vida se escreve. Mas porque a vida é esse todo, nós com o mundo e com os outros, é necessário que, primeiro, valorizemos os nosso lugar neste todo, e depois interagir com equilibrio e harmonia. Certos de que sempre caíremos e sempre nos levantaremos.

Se não conseguirmos estar com nós próprios, jámais conseguiremos estar com os outros.

OUTONO


Eis o Outono vestido de azul pálido,
trazendo a estranhíssima beleza
de um horizonte despreocupado!

O vento a soprar com ligeireza
dizendo às folhas reclinadas pelo chão
que a sua morte não será em vão!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

GROUPE - LOVELY CUP



Uma banda à qual vou ficar atenta.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

PENSAMENTOS DISPERSOS


O silêncio pode ser a mais cruel das falas!
É dificil gerir os silêncios dos outros, mais do que o nossos próprios silêncios embora os nossos sejam apredejados com incansáveis e constantes pensamentos que nos atormentam!
O silêncio dos outros pode ser uma dor nossa!
Porque aquele que cala, só raramente consente! Aquele que cala não quer o confronto e cria o afastamento. Que pode ser o afastamento do assunto ou o afastamento da nossa vida.
E o silêncio não admite discussão!
Por isso o silêncio cria o vazio. Não há ponte que não desabe no meio do silêncio!
Para quê deixarmo-nos afundar no vazio que vai do silêncio do outro à nossa voz desperdiçada!?

PENSAMENTOS DISPERSOS



A verdade é tão só o que se apresenta aos nossos olhos!
A minha verdade pode não ser a tua verdade sobre a mesma coisa. Que outra verdade existe, se não aquela que apreendes? Assim, a nossa realidade sobre uma coisa ou pessoa, pode não ser a realidade!Pode ser, e tantas vezes é, que num outro momento vejas que a verdade, afinal, é outra e passa a ser outra. mas então não era uma única e mesma verdade? A verdade das coisas, em si mesma, não muda. Porém, ela sempre será aquilo que, num determinado momento, aos nossos olhos se apresenta. Sempre será assim! E porque assim é e disso temos consciência, sempre andaremos às voltas com a verdade, em redor da verdade, na tentativa de tocarmos a verdade da mentira e a verdade da verdade. Creio que poucas vezes lhe tocaremos. Por isso, verdades que nos fazem felizes não deveremos indagar e verdades que nos atormentam melhor é não conhecê-las.   

PENSAMENTOS DISPERSOS



Por vezes, torna-se necessário que nos libertemos dos nossos vícios, porque os vícios, sejam eles quais forem, quase sempre são limitadores e opressivos, de uma ou de outra forma. Primeiro é preciso que tomemos cosciência dos mesmos. Depois devemos medir o grau de sacrifício, pois que toda a liberdade exige esforço. Finalmente definimos estratégias e deixamo-nos seguir. Habitualmente temos tendência a substituir um vício por outro vício. O ser humano é um animal de hábitos. A meditação ajuda a encontrar caminhos e a definir escolhas. Devemos estar conscientes que a seguir a um vício outro virá e que as recaídas fazem parte da caminhada. Hoje julgo, que na impossibilidade de nos livrarmos do hábito de criar vícios, devemos alternar entre vícios menores, por forma a não nos deixarmos caír na rotina, tantas vezes angustiante, de um único vício. Porque a vida é esta prisão de porta aberta, é necessário compartimentá-la, para que criemos espaço e movimento, minorando os efeitos da dependência a que os nossos vícios nos submetem.

sábado, 8 de outubro de 2011

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

CARTAS ANÓNIMAS


Doce é este inferno de nos amarmos nos feriados da vida.
O teu amor é amovível. Ferve num jogo de ardências em que uma de nós é a cabra, a outra a cega. E eu finjo acreditar nas verdades que mentes. O meu amor é um champanhe francês, efervescente e escorregadio, servido em taça de pecado. Agito-te em vertigens sanguineas. Ficas em desordem, sem identidade. Iceneras-me a pele. Estonteias-me. Perco a compostura. Que o meu corpo tem ideias que não cabem dentro dele. Mas por mais que me queimes é o frio que me inunda a mente. Que a minha solidão é extrema e determinada. Só o corpo evita o desastre. Entre o meu corpo e a minha mente há o lugar desabitado. Entre o teu amor amovível e o meu amor descartável, um gume pintado a vermelho.



quinta-feira, 29 de setembro de 2011

CARTAS ANÓNIMAS



Ouço o tilintar do gelo no copo. Os teus cabelos estão ao alcance da minha mão. Apetece-me afagar os teus cabelos, sabes... com uma violência amorosa incontrolável, daquelas que não magoam... poderias parar de balançar o copo? É que o movimento estonteante do líquido está a subir-me à cabeça, e só já vejo os teus cabelos cruzarem-se com os meus olhos! Falas como quem canta, contas histórias que me fazem estremecer de ciúmes e o meu corpo fica hirto, qual pedra de gelo no teu copo! Não vá eu descartar-me, enfraquecer, perder o jogo. Solto sorrisos parvos, lembro-me das coisas mais estúpidas, como a missa nos meus domingos de infância, invento amores da adolescência, digo-te que estou apanhado pela mulher da lavandaria. E o que eu queria, era arremessar o meu corpo contra o teu, com uma suavidade de posse escaldante. Desculpa. Dizia eu?... que o sabor dos teus lábios me parece uma noite entre o inferno e o céu.. Mas o raio do teu copo, a balançar, debruçado sobre as minhas pernas, assemelha-se a concerto de Bach e quebra-me voz!  Sim, claro, tens razão em tudo o que dizes, que eu, mergulhado no teu cheiro, perco a razão, ensurdeço, acabo mudo. E agora, que te vejo através da pedra de gelo a tilintar nos meus miolos... diz... não, não é isso... dava tudo para para te tomar nos meus braços. Então... tomamos um café amanhã?

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O MEU AMOR...

O meu amor vagueia pela rua
nas asas de uma vontade
na sombra de uma amargura.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

MOMENTO DE TERNURA




Após um domingo divertido deito-me com esta música que encontrei algures e me acompanha.

domingo, 18 de setembro de 2011

sábado, 17 de setembro de 2011

LUTO

Meus olhos escurecem de tão vazios.
Entre eles e as palavras existe
agora
um universo de permeio.

IMPROFÍCUO DESEJO



Em chama que se expande pelas curvas
 meu ansioso corpo vai andando
em combustão por entre as coxas nuas.

Mas noite dentro, os braços pendem vazios
e a tua ausência vai cavando
um foço no universo dos sentidos.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O QUE SERÁ PIOR?

 - aguardar o impossível ou adiar o inevitável?

terça-feira, 13 de setembro de 2011


Só queria uma palavra tua
que fizesse valer a pena esta amargura
o tempo deserto.

domingo, 11 de setembro de 2011

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

CARTAS ANÓNIMAS


Cansei-me de escrever sobre o amor, de ler sobre o amor. São oceanos de palavras e não há ondas que cheguem para o definir ou descrever. O amor é dor... Que crasso erro! O amor não doí. O que dói é a falta dele. Quando o amor nasce é bruto. É como uma jóia não polida. Depois vai-se trabalhando e ganha imagem, textura. É fantástico quando nasce, mais bonito quando trabalhado. Quando ele se torna bonito colocamo-lo numa montra para que seja admirado, esquecemo-nos de lhe puxar o lustro e dar retoques. Ganha pó, envelhece, perde a graça e queremos substituí-lo para ter de novo o entusiasmo de todo o amor em bruto. O amor não dói. O que dói é a falta de amor!


domingo, 14 de agosto de 2011

DESTROYER - KAPUTT


(2011)

É uma delícia!

MILES KANE - COLOUR OF THE TRAP

(2011)
.
Sabe bem ouvir... 

sábado, 6 de agosto de 2011

DAVID BOWIE




...depois é a chuva miudinha lá fora e este silêncio cá dentro.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

DEPURAÇÃO

Mesmo que não haja luz, há estrelas.


Fina o sol e cai o dia
posso, então, deitar-me na ilusão
livre da lida que me limita e domina
e adormecer sem margens.

domingo, 31 de julho de 2011

METAMORFOSE


O que te afunda?
Nada.
(Sempre)
O que te salva?
Nada.
(Sempre)
Não consegues voar?
(Nada)
Sempre.
O aquário é a tua cabeça.
Um dia o pensamento ganha asas
E sais disparado.
Nada.
Sempre.
(Sem parar)

sábado, 30 de julho de 2011

O PREÇO DE UMA QUECA GRÁTIS



- É pá, gostava de ter umas quecas grátis, no verdadeiro sentido da palavra. Não digo sempre, mas de vez em quando sabia bem. - Disse ele com um ar cómico.
-É pá! Não me digas que andas a pagar quecas. Um rapaz giro como tu precisa de pagar para poder ter umas quecas? Até me custa a creditar! - Disse eu.
- Sempre! Os homens são uns desgraçados! Sabes, as quecas grátis são as que nos saíem mais caras. na expectativa da queca convida-se a mulher para jantar e pagamos-lhe o jantar, depois sugerismos um bar e pagamos-lhe as bebidas e na hora da queca, se não tivermos para onde ir, pagamos o hotel. Já viste porque preço fica uma queca? - Explicou.
- Pois, assim tens razão. - Digo eu.
- E, às vezes, depois do restaurante e do bar, ainda corremos o risco de ela não querer dar uma queca connosco.
- Sem dúvida. - Concordei.
- É que as mulheres têm a vida sexual muito facilitada, têm sempre um homem disponível para uma queca, nem que seja um amigo.
- É verdade. - Confirmei.
- Então o racicínio é "já que te estás a fazer à queca, ao menos pagas o jantar e os copos e... Percebes?Estás a ver porque digo que gostava de ter uma quecas grátis no verdadeiro sentido da palavra?
- Mas espera lá, se calhar andas a escolher mal as mulheres. Porque não arranjas uma que não espere que a convides para jantar, nem tenhas de a levar para um hotel, uma que queira ter umas quecas grátis contigo porque goste de ti. Não será a solução?
- Nem pensar! Essas quecas custam couro e cabelo! É a conta de telefone, os ramos de flores, o anel de comprometido, as prendas aos familiares, as viagens... e ainda nos exigem o coração e acabam  por ficar com ele! Estás a esquecer-te que já me divorciei duas vezes? - Falou com os braços no ar.
- Cála-te. Não digas mais nada. Não te queixes. Vamos beber uma imperial, pago eu. - Disse-lhe metendo o meu braço no dele. Ele parou e olhou para mim de soslaio. - Nem te atrevas a pensar! - Concluí.

CANÇÃO DO DIA

sexta-feira, 29 de julho de 2011

CANÇÃO DA NOITE

LEÃO


Desde que o sol ingressou em leão no dia 23, sinto-me muito mais viva, mais confiante, inspirada e com arrebatamentos. Ando armada em mulher fatal na vestimenta e estou voltada para o coração. A paixão renasceu em mim e uma vontade de escrever, escrever, escrever. Eu que não tenho jeito para a poesia, já escrevi mais poemas esta semana do que em um ano, transformei textos em poesia , ridícula, sem dúvida, mas tenho de deixar dar largas ao coração e à imaginação. Sem pretensões, apenas por prazer.
Tenho um amigo que também é leão e também ele anda assim, divertido, inspirado e a rugir.
Este é o período do coração e da sensualidade para os leoninos. Aproveitemos.

INTANGÍVEL


Há esta coisa inseparável de mim, involuntária e
que trespassa qualquer realidade.
Há este nó a apertar o peito.
Este tactear os dias como cega
num intímo e inflamável desejo.
Lá fora a vida
intensamente alheia.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

CANÇÃO DA NOITE



Tenho uma grande paixão pelos Morphine, pelas músicas, pelas letras, por tudo! Aliás, quando ouço algumas das músicas páro e pára tudo. Esta é uma delas. Escolhi-a especialmente para esta noite em que me sinto tranquila, quente e apaixonada.

DE IMPROVISO


A indiferença não reduz o amor.

Continuas a desarrumar-me a alma.
Passas por mim, indiferente à loucura que me seduz,
atravessas-me o coração como uma farpa e depois
finges não ver o sangrar das palavras
que te atiro de improviso.

Tudo continua tão inevitável como antes,
só que agora sabemo-lo,
agora podes negar,
invocar o equívoco
cortar as raízes,
para que sangremos mais.

Eu preciso que o drama se derrame,
a teus pés, de artérias abertas
a pulsar no chão.

Porque tu és o poema
a vermelho 
o sangue que me escorre dos pulsos laminados
e dá cor à rosa.
A rosa pertence ao poema.
.
Nota: A foto foi tirada pelo meu filho. O rapaz tem treinado!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

segunda-feira, 25 de julho de 2011

EM SILÊNCIO


Não digas nada.
Nada.
Apenas.
Sinto-me como um peixe num aquário.
E, todavia,
desconheço como se sente um peixe num aquário!
Suponho que nada.
Nada.
Um profundo silêncio.
E nada.
Nada para cá, nada para lá.
Um peixe não precisa de palavras.
Nada. 
 Assim, nós, em profundo silêncio.
Não digas nada.
Nada.
Apenas, no silêncio.
Comigo.

domingo, 24 de julho de 2011

PARA TI NESTE DIA ESPECIAL

PENSAMENTO

Voa. Tens pensamento, tens asas.

Pode ser tarde para mudar o curso da vida, mas será sempre suficientemente cedo para mudar o curso dos dias.

sábado, 23 de julho de 2011

sexta-feira, 22 de julho de 2011

CANSAÇO



Tenho um cansaço tão grande! De ouvir pessoas, de lhes medir o peso dos problemas, de lhes tomar as angústias nas mãos, de lhes ver os olhos através das lágrimas que brilham de tristeza. Tenho um cansaço tão grande! Quero estar só. Preciso de estar só. Não ver senão mar, sol, lua e ouvir música. Gostava de agarrar no carro e partir sem destino.
Preciso de férias. É que tenho um cansaço tão grande que já me custa a suportar o peso dos ombros! Giro o pescoço de um lado para o outro, na tentativa de o aliviar, mas em vão. Lá vem mais uma, agora.  Respiro fundo. Tenho de a ouvir, tem de ser. E esta não é das fáceis. Faça favor de entrar. Mas por favor, não fique muito tempo e evite os lamentos mais agudos. É que tenho um cansaço tão grande!...

quinta-feira, 21 de julho de 2011

A VIDA É UMA PUTA!



- Ela prometeu-me tudo! E depois abandonou-me! Por ela, deixei a família, o emprego, e agora estou só, e sem nada! - Disse ele.
- Mas precisava de fazer o que fez? - Perguntei.
- Precisava. A minha vida passou a depender dela. Deixei de valer um tostão! Hoje não tenho nada e por isso, deixei de lhe interessar! - Respondeu.
A vida é uma puta. Cara, para alguns, uma puta barata, para outros. Mas é uma puta, de qualquer forma!
O amor é sempre uma promessa. Uns cumprem-na, mas a maioria esquece-a ou larga-a ao abandono.
Talvez saiba agora porque imagino o amor, o amor impossível, em vez de o viver. Aquele amor ridículo que me faz sofrer de uma forma estupida! Deve ser para viver com emoção, mas não me deixar afundar. Sei lá!
A vida até pode ser aquilo que programamos, mas acaba por nos colocar num trapézio sem rede. Caír ou não caír não é a questão. A questão é: viver ou não viver? É que, mesmo sem nós, o circo continua. E o circo pode ser bem divertido.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

NÃO PROCURO UM AMOR ENTRE OS CARDOS


não procuro um amor entre os cardos,
se é entre os cardos que me vês, procura
pensar que um amor não se perde por ali
nem por ali se deve encontrar. se estou
entre os cardos, meu amor, é para te esquecer
e se me vires, pensa que é por ti, absolutamente por ti
que procuro apenas dores, apenas fardos,
para lentamente matar o meu coração. e
se me vires cair, se entretanto me vires no chão,
não me apanhes, não me ajudes, pensa que
já ninguém passeia nos cardos e que o
amor, para castigo dos que morrem, recomeça
num outro lugar, seguramente à tua espera.
depois sorri mesmo que te seja difícil, se por
mais difícil que seja para mim ver-te sorrir
é entre os cardos que devo partir, quando
fugazmente te souber passando, tão parecida
com ires buscar a felicidade sem mim e eu
só mais uns segundos, já meus anjos preparados.

- valter hugo mãe, em O Prisma das Muitas Cores -



segunda-feira, 18 de julho de 2011

SE, POR ACASO, FALASSE DE AMOR

Se por acaso falasse de amor, que já não falo, buscasse encanto, que já não busco e chamasse o teu nome, que já não chamo, diria que um vento quente me bateu à porta e não quis entrar, deu-me um beijo em prosa, assinou o registo e partiu. Fiquei tonta, no meio de um deserto! Tantas palavras que bailaram comigo, levadas pela corrente, essa força que me fazia perseguir um sonho, uma espécie de rio sem ponte, entre margens sem suporte. Hoje nada me dói! Hoje nada me exalta!
Navego num mar morto. 
Uma amiga que gasta metade do seu tempo de vida a falar, que raciocína mais por intuição que outra coisa e inventa paixões onde elas não existem, diz-me que gosta muito mais de mim quando falo de amor, busco encanto e chamo o teu nome. Diz-me que estou tranquilamente silenciosa. E chata. Eu também gosto mais de mim quando falo de amor. Mas tenho insónias. Já não sonho. Vivo sonolenta. O Norte é tão indiferente quanto o Sul. Talvez deixe de ter um ponto cardeal. Penso que estou a morrer dentro de mim.  E que, se falar de amor será por acaso. Já não busco encanto. Guardo o teu nome, que já não chamo, para que morra comigo.

ARCADE FIRE NO SBSR (EMISSÃO VIA RÁDIO ANTENA 3 - PARTES 1 E 2)



domingo, 17 de julho de 2011

SBSR - REQUER-SE PROLONGAMENTO

Terceiro e último dia, o menos interessante para mim. Não pelos concertos, mas por outras razões. Uma amiga decidiu comprar bilhete para este dia, porque é grande fã de Slash, mas não conhecia mais nada. Eu tinha um plano traçado ao minuto para cada concerto a que pretendia assistir, a fim de não perder nada. E avisei-a logo. Tal como o ano passado, ela aceitou. E cumprimos. O grande problema é que ela nunca se calou e parava em tudo o que era tasca, o que também obrigava a ir à casa de banho muitas vezes, o que implicava bichas e perdas de tempo. Eu que durante dois dias me diverti com um aproveitamento de 90% do festival, dou agora por mim a beber uns copos e a perder tempo. A dada altura cortei. Mas ela apanhou uma besana e ninguém a calava. Cala-te.- Pedia-lhe constantemente. - Vim para ouvir música e não a ti. Em vão! - Mas eu preciso de desabafar. - Dizia ela. - Raios me partam! Se não te calas abandono-te. E tive mesmo de a abandonar durante algum tempo. My god! Realmente as mulheres são insuportáveis! por coíncidência está mesmo agora a ligar-me. Ahahah... deve querer desabafar. Não atendo, preciso de recuperar dos desabafos de ontem! Xiça! Porque é que as mulheres falam tanto! Até tenho pena dos homens!

X-WIFE. Foi um óptimo concerto. Esta banda tem crescido muito. Estão ao nível do que se espera num festival destes. Correu bem.
PAUS. Muito bons. Grande som. Maravilharam-me. Só vi um pouco do concerto, mas gostei imenso.

BRANDON FLOWERS. Não conhecia. E se gosto muito do The killers, já não posso dizer o mesmo desta banda. Não me perguntem porquê. Só sei dizer que parece a mesma coisa, mas, sei lá, não é a mesma coisa! Mas gostei, foi um bom concerto, dançamos e apreciamos a beleza desse senhor cuja mãe merece um altar.
JUNIP. Tal como esperava, foi um encanto. Não vi tudo porque o que estava a começar no palco principal era imperdível.

ELBOW. Casa de banho, café, tascas, já não foi possível apróximar-me do palco. Era um mar de gente. Tivemos de ficar muito distantes. Foi aqui que começou a minha desgraça. Com a sangria a ferver-lhe nas veias, ninguém a calava! Falava das suas coisas pessoais. Falava de amor e desamor. Falava, falava, falava! Um concerto espectacular que não pude aproveitar devidamente! Apetecia-me esganá-la!

À nossa frente estava uma lua cheia deslumbrante.


SLASH. Que grande concerto! Aqui sim, lá conseguimos ficar junto ao palco e foi saltar até se perder o fôlego. Que maluqueira!

THE STROKES. Estavamos bem perto do palco, mas, mal começaram a actuar, o público entrou em transe e foi o ai Jesus! Quase que perdia a mochila, o telemóvel ia-me saltando e eu pensei que não ia sobreviver. Impossível! Agora já sei o que é o moche. Tirem-me deste filme! Nem sei como foi que conseguimos sair dali! Arre! Que já não tenho idade para estas coisas! Acabei o mais longe possível do palco a olhar para um dos ecrãs gigantes, com ela sempre a atasanar-me os miolos. A desgraçada tinha uma bebedeira! Fiquei desiludida. Não sei se foi o concerto em si, que não foi tão grandioso como eu esperava, se foram as circunstâncias!

No final, junto à saída, o chão era isto. Imagine-se o resto! Heheh!
E para terminar, andamos quase uma uma hora à procura do carro! O malvado parecia que tinha ido para casa sem nós!