terça-feira, 21 de abril de 2009

J. TILLMAN - VACILANDO TERRITORY BLUES

(2009)
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Uma outra enorme empatia.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

TIMBER TIMBRE - TIMBER TIMBRE


(2009)
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Surgiu-me esta enorme empatia!

sábado, 18 de abril de 2009

COISAS SEM INTERESSE


Na minha terra costuma-se dizer: "Mulher de bigode ninguém a fode!". Eu acho que nem o marido! Isto vem a propósito de uma conversa que tive há dias com uma amiga que tem o azar de ser exageradamente fértil em pelos.
Andavam-me a fazer confusão uns pelos enormes que lhe sobressaím no busso e no queixo - mas não me atrevia a dizer nada pois ela tem espelho e não é preciso ser de aumento para visualizar tal aparato e cada usa aquilo que quer, que gosta e que lhe convém e não temos nada a ver com isso. Mas ela puxou o assunto e vai daí, levantou a camisa e puxou as calças. Só vi pelos à minha frente! A barriga assemelhava-se a um outro sítio mais abaixo, que não o vi mas posso imaginar - só de catana na mão para desbravar caminho! E as pernas pareciam as matas de pernambuco!

"Mas como é que consegues andar assim? Não te incomoda tanto pelo? Porque não te depilas?" - Perguntei-lhe.
"Há quase há três meses que não me depilo. Tem de ser, porque vou fazer com cera é preciso que os pelos tenham um bom tamanho para ficar em condições. Se estiverem pequenos não resulta muito bem." - Respondeu-me.
"Mas ao menos na cara podias tirar com uma pinça, pelo menos esses enormes." - Disse-lhe
"Não, não. Tem de ser assim. Faço o sacrifício, mas depois ando mais de um mês impecável." . Disse ela.
"Olha que não compreendo esse sacrifício! Sacrificas três meses, por apenas um? E o teu marido não te diz nada?"
"Ele? Bem que ele se rala! Ele quer lá saber! - Respondeu
"Huummm!... Eu não conseguia andar assim!" - Comentei.
"Óh pá, mas tu não tens marido. Se eu não tivesse marido, se não estivesse casada, também não andava assim! Tem lógica, não é, podia conhecer um gajo giro de um momento para o outro" - Concluiu bastante segura de si.


Afinal onde está a lógica???
Porque será que alguns maridos perdem o interesse sexual pelas esposas?
E porque será que algumas pessoas não têm qualquer interesse por si mesmas?

quinta-feira, 16 de abril de 2009

AS ATRACÇÕES


Parece-me que há uma atracção original pelos opostos. Temos determinadas caracteristicas e muitas vezes não convivemos bem com elas, por isso podem gerar em um certo complexo difícil de combater. Porque há coisas inatas. Naturalmente sentimos atracção por pessoas que possuem as características que desejavamos possuir. Funciona como um puzzle. Os opostos podem completar-se ou, pelo menos sentirem uma sensação de complemento.

E a empatia? Muitas vezes sentimos uma empatia imediata por alguém. Esta prende-se essencialmente com emoções. Vivemos emoções semelhantes. Apreendemos as emoções do outro, carregámo-las para nós e conseguimos senti-las na mesma medida, quer estas sejam positivas ou negativas. A empatia gera atracção. Mas à medida que vamos conhecendo o outro, a empatia pode esbater-se, desgastar-se. Podemos perder a predisposição para compreender e sintonizar as emoções do outro. Porque a empatia não é, necessáriamente, afinidade. E confundimos, muitas vezes, empatia com afinidade.

A afinidade é de difícil explicação. Para mim, a afinidade é aquele conjunto de sentimentimentos que nos faz convergir para outra pessoa. Entendo que se relaciona com as semelhanças existententes entre pessoas, semelhanças de carácter, personalidade, vivências, experiências, gostos.
Por isso creio que aquilo que realmente une as pessoas são as afinidades. Estas nem sempre são imediatas, revelam-se gradualmente mas são duradouras e permanentes.

A relação por afinidade raramente è conflituosa, ao contrário da relação entre opostos. A relação por empatia pode ser emocional e equilibrada. Os opostos encontram-se em qualquer momento, as empatias são frequentes, mas as afinidades são raras e pode até acontecer que nunca encontremos uma.

P.S. Esta opinião é meramente pessoal, como, aliás, o são todas as que aqui vou deixando.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

COISAS QUE PASSAM


Ainda consigo ficar corada até à raíz dos cabelos quando um homem interessante, depois de uma longa conversa, me pede o número de telefone e pergunta, com a mão poisada lânguidamente sobre a minha, se pode ligar para tormarmos um café. Arre! Detesto isso! O coranço, bem entendido!
E o pior, é quando me viro e uma colega diz bem alto: "Rapariga!... O que é que te aconteceu? Estás tão vermelha! Quando eu cheguei não estavas assim! Isso é alguma alergia?"
E eu a tentar encontrar um buraquinho para deslizar por ele e desaparecer. Cruzo o olhar com o do cavalheiro, num ápice, e vislumbro um sorriso de cumplicidade. O rubor sobe ao extremo!
E para agravar vem a funcionária desaforada: "Estamos à sua espera há algum tempo! Então esqueceu-se de entrar? Mas passa-se alguma coisa consigo?"
E eu com uma vozinha que mais parece um pio: "Ando stressada."

Com a idade não deveriamos ganhar imunidade, indeferênça, perder o pudor e a vergonha? E porque razão haverá sempre alguém a tramar-nos, a expôr aquilo que mais tentamos disfarçar ou esconder?

É como quando uma chega e diz para a outra: "Estás mais gordita!" E a outra responde: "Não estou nada, peso o mesmo." E a outra insiste. "Desculpa mas estás!" E todos os presentes começam a medi-la na altura e na largura. E a rapariga, que tem as calças justíssimas, a rebentarem pela costura, o fecho a meio porque já não consegue subir mais, encolhe a barriga e diz que está inchada porque anda com o período. Alguém devia calar aquela matraca, certo?

Com muita frequência dizem-me: "Estás tão magrita! Agora ainda andas mais magra, ficavas melhor se engordasses uns quilitos!" E eu respondo: "Sempre fui assim, nem mais magra, nem mais gorda, deve ser impressão tua!" E insistem: "Não, não, estás mesmo magrita, precisas de engordar um bocadinho!" E eu calo-me. Porque normalmente são pessoas com excesso de peso!

A mania dos homens é: "A tua barriga ainda está maior que a minha!" Ou: "É pá!... Estás a ficar careca! E ainda: "Tens de começar a pintar o cabelo!"
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Não deveriam ser proíbidos determinados comentários?
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Heaven Beside You - Alice In Chains

segunda-feira, 13 de abril de 2009

COISAS QUE ME PASSAM PELA CABEÇA


Na casa do meu pai, debaixo da minha cama, existe uma caixa cheia de cartas de há muitos anos. Crescemos juntos no nosso bairro de província. Eramos inseparáveis. A mãe dele tinha uma doença crónica e teve de regressar ao Porto, onde tinha toda a família. O ano lectivo ainda ia a meio e ele ficou na minha casa. Tinhamos treze anos. Quando chegaram as férias grandes, a minha mãe fez-lhe as malas e ele foi para junto dos pais. Fiquei com uma tristeza enorme. Durante anos trocamos correspondência, como se escrevessemos um diário. Ele vinha passar fins-de-semana. Quando passei a viver sózinha ainda o faziamos, mas depois ele casou-se e eu casei-me. E foi como um crucifixo. Ainda esperei a ressurreição, mas nunca aconteceu! Ele visitava os meus pais sempre que podia. A minha mãe dizia-lhe que eu tinha saudades e ele respondia que também tinha mas tinha de preservar o casamento, que a mulher dele morria de ciúmes, nem podia ouvir o meu nome. Eu sabia que ele tinha uma filha, onde vivia, onde trabalhava, mas não devia telefonar-lhe para não causar problemas! Desde que a minha mãe faleceu que não sei nada dele! Nunca lhe conheci a mulher nem a filha. Já não sei onde pára, qual a cor dos seus cabelos, se está gordo ou tem rugas! É como se tivesse perdido um irmão! Tenho saudades, muitas!

Uma colega minha, nunca vai a jantares ou almoços sociais sem o marido. Um dia perguntei-lhe porque razão não ia a um jantar e ela respondeu-me que não ia porque o marido não podia ir. Então perguntei-lhe se ela não podia ir sem ele, se não fazia nada sem ele! Ao que ela me respondeu que não queria abrir um precedente, que morto por isso andava ele! Se ela fosse, ele teria oportunidade para começar a ir sózinho quando ela não pudesse e isso ela não admitia, pois as colegas dele eram todas umas vacas. - Sem comentários!

Esta Sexta, quando cheguei, fui a um jantar de amigos. Um deles estava sempre a atender o telefone. Era a mulher dele a telefonar de meia em meia hora para saber onde estava, com quem, a fazer o quê. Ele cada vez mais irritado! Eu disse-lhe: "Não te zangues com ela, todas as mulheres são assim, controladoras, ciumentas, inseguras e chatas. E quando não o são, os homens suspeitam!" - Há que confortar!

Já perdi muita coisa na vida. O que nunca perdi foi a minha dignidade e a minha liberdade. E, jámais cortei a liberdade de quem quer que fosse. Já me roí de ciúmes, rebolei, chorei e quase trepei paredes - no meu silêncio.
Não entendo e custa-me a aceitar estas atitudes! Estas pessoas não sabem que a oportunidade está no café do bairro, no virar da esquina, no local de trabalho, na hora do almoço, no elevador do prédio, na loja das compras, numa casa de putas ou num site da internet?

Isto faz-me lembrar uma amiga que apanhou o marido a masturbar-se no banho e ficou chocada! perdeu o apetite e reagiu como se tivesse sido traída! Quando desabafou comigo perguntei-lhe se nunca se masturbava. Olhou para mim e sem responder à minha pergunta disse: "Ele tem mulher, não precisa disso. Já percebi que eu não o satisfaço, qualquer dia anda por aí à procura de outra!"- Santo Deus! Não vale a pena! O que não existe tem de ser criado!

De qualquer maneira, para não parecer mal, devo dizer que também há muitos homens que pensam e agem como as mulheres (ou estas mulheres), embora nunca o admitam.
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Tears For Affairs - Camera Obscura

sábado, 11 de abril de 2009

MUDAM-SE OS TEMPOS



Estou suspensa. Suspeito de mim mesma. Os ponteiros passam. Acho que o tempo mente. E a mente não sei por onde anda.

Talvez deva acender a luz. Só para ver a minha sombra, intacta, a elevar-se na parede, a saír pela janela e a vadiar com um singular sentido de oportunidade.

Mas o que queria agora era uma caipirinha e uma esplanada solarenga voltada para um mar de ondas rasgadas por surfistas.

Estou transitóriamente suspensa. Tenho andado empenhada mas falta um sopro que me faça voar. E falta-me o inesperado.

Voltarei se o inesperado acontecer. Até lá, também me falta o nexo.

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Les Cles Du Paradis - Jane Birkin

sábado, 4 de abril de 2009

BILL CALLAHAN - SOMETIMES I WISH WE WERE AN EAGLE


(2009)
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E agora sim!
Não podia por-me à estrada sem primeiro conseguir este. Assim vou muito melhor! Foi amor ao primeiro contacto auditivo e confirma-se, está para durar.

FRANZ FERDINAND E OUTROS...

Franz Ferdinand - Tonight: Franz Ferdinand (2009)


Doves - Kingdom Of Rust (2009)

Fever Ray - Fever Ray (2009)


U2 - No Line On The Horizon (2009)


Bat For Lashes - Two Suns (2009)


Andrew Bird - Noble Beast (2009)



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sexta-feira, 3 de abril de 2009

SEM POESIA E SEM ENCANTO



Ando sem assunto.
Sem interesses.
Desapaixonada.
Calma.


Vou de férias, ou melhor, vou prá terra.

Desejo a todos uma Páscoa Feliz.