domingo, 28 de setembro de 2008

E, DE REPENTE!...

... um estado de ansiedade a que chamam nervoso miudinho! Ou ciúme! Ou o raio que o parta! Ou a puta que o pariu!...
Não sou eu que o sinto. Nem sequer é a outra que se faz passar por mim! Que eu, há muito que não sinto um nervoso miudinho, nem permito que o sintam por mim! E não quero, juro, não quero este bater apressado do coração, como quem atravessa uma ponte de corda a grande altitude. Como quem precisa de dar um pontapé numa pedra para aliviar o caminho do sangue que irriga a vida. Eu nem vida quero sentir para além do tic tac monótono do relógio de sala do vizinho, que me indica já serem horas. Horas de dormir. Horas de virar a página repetida e, esquecer... Tudinho!
.
Tinderstics - Buried Bones

SLIPKNOT E OUTROS...

Slipknot - All Hope is Gone

The Verve - Forth

Block party - Intimacy


Elbow - The Seldom Seen Kid


MGMT - Oracular Spectacular

.
Não sei onde param as palavras! Penso, constantemente, de forma desenfreada! Tenho uma felicidade dentro de mim que me causa espanto! E medo e nostalgia... e uma saudade, quase parva, daquilo que me causa angústia! Reclamo o esquecimento... vingo-me na música... na música... na música...


quarta-feira, 24 de setembro de 2008

SE VIERES À MINHA PROCURA


"Se vieres à minha procura
estou atrás do lugar que não existe.
Atrás do lugar que não existe há um lugar.
...
Se vieres à minha procura
vem devagar e suavemente para não quebrar a porcelana da minha solidão."

- Sohrab Sepehry -

SEM TI

"E de súbito desaba o silêncio.
É um silêncio sem ti,
sem álamos,
sem luas.
.
Só nas minhas mãos
oiço a música das tuas."
- Eugénio de Andrade -

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

ADEUS FÉRIAS!

Apercebi-me agora que este post está ao contrário, deve ser lido de baixo para cima!
Tenho pena de não ter conseguido mais fotos.


Sou capaz de estar por aqui algures esticada na relva. Este era o ponto de encontro: entre a barraquinha do café e a dos gelados, em frente ao Palco 25 de Abril.

The Wraygunn na Festa do Avante.
A tarde de domingo começou com os Terrakota, a que se seguiram The Wraygunn - quanto a mim o melhor concerto dos três dias. Gosto, gosto mesmo desta banda e agora, ainda gosto mais.
Depois passei pela festa do livro e pela do disco. E, enquanto decorria o famoso comício lambusei-me na tasca do choco frito, encharquei-me em cerveja e fui esticar-me na relva em alegre cavaqueira. Ao final da tarde sentei-me durante uma hora a beber imperial, a ver e ouvir Mário Laginha e a sentir-me no paraíso. Ainda deu tempo de assistir a parte da Big Bang Hot Club e, a terminar em grande, a saltar ao som dos Xutos e Pontapés.

The Coal Porters na festa do Avante...
... ao final da tarde de sábado, esticada na relva, na maior das descontracções.
Seguiu-se o Júlio Pereira ao sabor das bifanas e do vinho.
E depois os Da Waesel ao sabor da sagres, na maior das animações.
E a noite embalou com variados espetáculos nos palcos mais pequenos e as tascas.

Os X-Wife na Festa do Avante.
Tendo sido cancelada a Grande Gala da Ópera devido às condições atmosféricas, não faltaram alternativas para a primeira noite na Atalaia, mesmo debaixo de chuva - Café Concerto de Lisboa, caldo verde, vinho e pipis, bombos, danças exóticas, música popular e música africana.
O segundo dia começou com os X-Wife e sol - muito bons, diga-se a verdade, entre os melhores da actualidade na música portuguesa.


Os Clã na Festa de Corroios. Cuidado com esta Senhora é hiper-activa e tem uma voz soberba, é verdadeira estrela.


David Fonseca na Festa de Corroios - o que mais brilhou, o que mais me encantou.


Blasted Mechanism na Festa de Corroios, sempre animados com os seus fatos à "predador" (fazem-me lembrar o personagem).

The Profilers na Festa de Corroios.



quinta-feira, 4 de setembro de 2008

JÁ TENHO O BILHETE

Quer faça sol quer chova, é por aqui que vou andar nos próximos três dias.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

WHO ARE YOU?


Já passava da meia noite. A vida a desmoronar-se como um combóio de peças de dómino! A cair... peça... por peça... umas sobre as outras... à velocidade da luz! Á uma hora da manhã só já existiam fragmentos!... E lágrimas escorridas pelo rosto! Lágrimas imparáveis... à velocidade da dor! Era uma noite quente... de verão!... E uma dor aguda... de inferno!... E nenhuma certeza!

Hoje ela interroga-se: "Onde estava a lua nessa noite?" Não se recorda!

A realidade, é que há escombros que resistem à passagem do tempo! Perduram! Fossilizam! Ficam como cicatrizes! E um cheiro irresistível de beleza... morta!

Mas hoje ela não quer descobrir o segredo do cheiro. Hoje ela quer saber o porquê das coisas. Porque é que nessa noite quente de verão, estilhaços se expandiram por territórios desconhecidos. E uma mão veio afagar-lhe os cabelos. Não era uma mão divina, nem trazia remédios miracolosos. Apenas palavras poéticas com alguma magia. E uma voz que dizia: "Eu espero. Tenho todo o tempo do mundo. Espero que tudo passe, e estarei aqui quando isso acontecer." Já passaram anos. E ele permanece, carregado de palavras poéticas com alguma magia... à espera!
.
Every me and every you - Placebo