sexta-feira, 14 de novembro de 2014


Sofro de insónias diurnas, porque de noite até durmo bem.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014


Procuro sabedoria, pois só ela pode trazer a paz.
Sinto-me cercada por todos os lados! Há sempre gente! Gente que cresce todos os dias, que me entra na vida sem bater à porta, gente de cá, gente de lá, gente que fala ou geme, gente feita de barulho, gente silenciosa, gente boa e gente má, gente apetitosa e gente nojenta! Agora, a vida é feita de gente e a gente fica sem vida! Antes, dum lado tinha janelas voltas para a rua e do outro lado, janelas voltadas para os sonhos. Hoje, só encontro portas escancaradas e toda uma multidão a entrar-me nas entranhas! Agora, a vida é um cerco, cheia de sombras em todas as esquinas da rua, da casa, do sono e do cansaço. Eu só queria um pouco de silêncio e de paz, um fundo branco a cobrir vida. Eu só queria paz e sabedoria.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014


É sempre a mesma coisa! 
Eu a adormecer as promessas, a arrastar os passos, a engolir as palavras, eu e esta duvidosa angústia de ser só eu e o meu ferro, onde todos os vidros se estilhaçam. É sempre a mesma manhã aninhada num cansaço infindável das oscilações dos outros. É sempre o mesmo mar de ondulações, a mesma crise, a mesma pessoa em todas pessoas. É sempre tudo igual, num formato industrial. 
Grandes são as árvores, apegadas às suas raízes, firmes, constantes na sua obra, voltadas para o céu e para a terra, puras, sem outra necessidade que não seja o cântico do vento e das aves, o choro da chuva. 
São sempre as mesmas vaidades!

terça-feira, 4 de novembro de 2014


Quando conheci os homens deixei de sonhar.