sábado, 26 de setembro de 2009

RESSENTIMENTOS




Eram os teus olhos, os teu olhos...
sempre os teus olhos...
espalhados pelas curvas do meu corpo,
a queimar a essência da razão.
Foram os teus olhos,
de noite
a rasgar a pele suada
e o desejo insuperável...
Bem podiam ter sido outros olhos,
mas eram ainda os teus olhos
parasitas com luz a a propagar-se no escuro.
Não sonhei esta noite,
porque o meu corpo perdeu a identidade.
Atravessei a manhã como quem atravessa o universo
e ainda não cheguei!
.
Silver Trembling Hands - The Flaming Lips

2 comentários:

Unknown disse...

este blog continua cheio de doces espinhos onde apetece ser picado

Anônimo disse...

Adoro o poema, tal como diz o Comboio turbulento, que doce, ..., acutilante!

(B)anda.(S)onora.(O)riginal. excelente!!!


Beijo, Xeltox.