sexta-feira, 19 de agosto de 2011

CARTAS ANÓNIMAS


Cansei-me de escrever sobre o amor, de ler sobre o amor. São oceanos de palavras e não há ondas que cheguem para o definir ou descrever. O amor é dor... Que crasso erro! O amor não doí. O que dói é a falta dele. Quando o amor nasce é bruto. É como uma jóia não polida. Depois vai-se trabalhando e ganha imagem, textura. É fantástico quando nasce, mais bonito quando trabalhado. Quando ele se torna bonito colocamo-lo numa montra para que seja admirado, esquecemo-nos de lhe puxar o lustro e dar retoques. Ganha pó, envelhece, perde a graça e queremos substituí-lo para ter de novo o entusiasmo de todo o amor em bruto. O amor não dói. O que dói é a falta de amor!


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