terça-feira, 8 de maio de 2007



Danço... ao som dos Talking Heads, Depeche Mode e Ultravox.

Danço... desencantada, para espantar memórias, para espancar fantasmas.

Danço porque não choro. É assim a dançar que desagrado a tristeza. Frenética, bamboleante. É a dançar que engano a tua ausência.

Há dias disse-te que tinha "uma espécie de novo amor". Mas alguém tem "uma espécie de novo amor"? Só eu! E o que é isso? Pois, é ter alguém que gosta de nós, nos dá amor, nos dá carinho, nos mima. Alguém que desejamos amar...

E isso aborreceu-te? Só momentaneamente. Despeito!?

E tento desesperadamente amar este meu quase novo amor!

No sábado à noite tivemos um jantar romântico, nas Docas, de caras para o rio... o fim de tarde, o cair da noite, as luzes a banharem-se na água, os barcos ao largo, cintilantes, iluminados como árvores de natal. Foi lindo! Depois passeamos pela marginal e como era muito cedo, fomos até ao parque das nações, onde continuamos a passear também pela marginal. Igualmente bonito. E então ele deu-me a mão. Não ofereci resistência, como nas outras vezes. Deixei-o pegar-lhe e deixei-me ficar, assim, de mãos dadas, a caminhar. Tinha de acontecer! Eu não sabia como evitá-lo! Por diversas vezes ele encaminhou-nos para sítios desertos e pensei que ia beijar-me. Mas inteligentemente não o fez. E digo inteligentemente, porque acho que percebeu que eu não estava em sintonia. E não estava. Estava assustada, pois sabia que o beijo seria deserto de vontade, desejo, sentimento. E também não tentou fazê-lo quando me trouxe a casa. Eu dei-lhe dois beijos e saí disparada do carro. Como fiz contigo no primeiro dia em que fomos jantar, lembras-te? Telefonaste-me quando chegaste a casa a perguntar se tinhas feito aguma coisa que me desagradasse. E eu inventei a desculpa que estava preocupada com o cão. Na verdade fugi com o medo que me assolou, medo de não me controlar e de te beijar, pois o desejo estava a desesperar-me!

Porém, desta vez, fugi com o medo que me assolou, medo que ele me beijasse e de não sentir nada, pois a falta de desejo estava a desesperar-me! E ele telefonou-me quando chegou a casa, como tu o fizeste!

Não sei o que fazer! Pela primeira vez, em todo este tempo que passou por nós, não sei o que fazer com uma pessoa. Não quero magoá-lo, não é como os outros. E, todavia, penso, sinto que não vou amá-lo. Que, por isso, não devo deixar que as coisas aconteçam. E sei que assim, o magoarei de qualquer forma, porque, para ele estão a acontecer desde o primeiro dia em que me conheceu. E, nem sei porquê, já está a fazer planos para o futuro, como vender a casa que tem e comprar casa num sítio onde eu gostasse de morar! Estou numa situação na qual nunca me encontrei antes! E perfeitamente presa numa teia que nem mesmo eu percebo como foi feita, como aconteceu! Sim, porque outra coisa não fiz senão sair com ele, almoçar algumas vezes, atender-lhe todas as chamadas que me faz todos os dias, responder a todas as mensagens que me envia todos os dias e... deixar-lhe dar-me a mão! Não sei como tudo isto começou, como aconteceu! Não sei como acabar com tudo isto! Estou atordoada de todo!

SAVE AS DRAFT --------------------------------------------------------------------------

Já são quase duas da manhã e o meu pensamento continua em ti.

Lembraste-te de mim? Hoje, mas porque raio? Só para saberes se estou bem? Afinal o que queres? Tanto tempo em silêncio e agora, todas as terças feiras, à mesma hora, mandas-me mensagens a perguntar se estou bem!? Queres que eu saiba que ainda pensas em mim de vez em quando? Ou é apenas um pequeno esforço para não me deixares esquecer-te?

O meu pensamento está sempre contigo.

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Não me sinto nada, mas mesmo nada, inspirada!

Estou tão cansada, que já nem me sinto!

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