quinta-feira, 10 de maio de 2007



Sinto saudades das noites em que jantavamos, e bebiamos vinho noite fora... o colchão no chão, em frente à lareira... e faziamos amor noite fora. Como podes não te lembrar? Foi apenas há três meses! três meses!... Parece uma eternidade!...

Já não me lembro quando foi a nossa última noite! Já lá vai mais de um mês! Mas o que importa o tempo? Para mim passaram anos e sinto que não haverá uma próxima noite! E todavia, sinto que não mais terei uma noite como essa!

Dia a dia sinto-me perturbada com esta paixão que me consome. Já vai fazer um ano e não consigo libertar-me, embora teime em te eleminar da minha vida, com um simples clic, como quem elemina um amigo (que nunca o foi ou deixou de o ser) do MSN.

Há pouco estava no telefone a falar com o meu quase novo amor, tinha uma chávena de café na mão, quente e cheia, e, súbitamente ele disse-me: "Cada vez te quero mais, estou louco por ti". Toda eu estremeci, engasguei-me, entornei o café sobre o peito e as pernas, sufoquei. Foi uma reacção digna de se registar em video! Fiquei num estado miserável! Até emocionalmente! Porque Deus dá nozes a quem não tem dentes? porque me acontecem estas coisas?

Cada vez te quero mais! Não vês, não sentes?... Sou louca por ti.

Não suporto esta saudade, esta ausência!

Quando te tinha (mesmo sabendo que não eras louco por mim), os dias decorriam, com alguma ansiedade, mas com expectativa, como um rio que corre no seu leito, sem desaguar em mar algum. Agora decorrem pela margem de cá, com angustia e desejo pela margem de lá, sem ponte ou travessia alguma.

Há dias em que é dificil suportar viver na outra margem, sabendo que nenhuma ponte existirá jámais.

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