segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A VIDA ACONTECE


Estive a ver o filme "Melhor É Impossível". Já o vi muitas vezes, mas é um daqueles filmes que mexe tudo cá por dentro, não resisto! Adoro as cenas com o cão, são fascinantes! Adoro a simplicidade da actriz principal! Adoro o rapaz gay por aquilo que representa! E adoro o louco do actor principal! Três grandes actores! Basta dizer que o meu filme preferido é "Voando Sobre Um Ninho de Cucos", que admiro incondicionalmente o filme "Alfie" e que já vi vezes sem conta o filme "Tornado".

"Faz-me um elogio, agora, porque preciso dele agora. É agora ou nunca." Pede ela. E ele diz-lhe "Você faz com que eu queira ser um homem melhor."

"Porque é que eu não posso ter um namorado normal?" Pergunta ela. E a mãe responde à socapa "Todas as mulheres querem isso. Mas isso não existe."

"Vives com franqueza e sinceridade. E só eu vejo isso. E isso faz-me sentir bem comigo próprio." - Foi a declaração de amor dele. Belissíma!

É por estas pequenas coisas que o acho um filme extraordinário.

Ás vezes penso que a minha vida também é um filme. Ou parece um filme!

Um destes dias, ele disse-me: "Adorei conhecer-te. Cada vez gosto mais de ti. Obrigada por existires."
Sem disfarçar a emoção, respondi: "Eu é que agradeço, por trazeres o sol, todos os dias, aos meus dias."

Na sexta-feira jantamos em Belém e quando saíamos do restaurante a rir, ele confessou-me indirectamente: "Contei ao meu amigo que nunca senti com mulher nenhuma o que tu me fazes sentir." Eu fingi não ligar muito às palavras e menti quando fiquei em silêncio.

Ontem acordei sozinha na cama dele. Sozinha porque ele tinha ido trabalhar. Estava um dia claro e quente. Decidi fazer-me à estrada. Antes disso, escrevi-lhe um bilhete ridículo que deixei sobre a mesa da cozinha.
"Adorei tudo. Obrigada pelos momentos maravilhosos. Ligo-te logo. Beijos doces."
Deixei-me seguir estrada fora pelos sítios onde passamos habitualmente, na zona de Sintra, e parei numa aldeia. Sentei-me numa esplanada. O sol no rosto e a vida a sorrir-me! Tinha uma igreja em frente a mim e sobrava-me um quarto da manhã. Peguei no telefone e liguei-lhe. Ele pediu-me para voltar. E eu voltei.

Fiquei a olhar para o sorriso encantador que fez quando leu o meu bilhete deixado sobre a mesa da cozinha.

Ao fim do dia ele partiu para C. B. e eu acenei-lhe com a mão e saudades nos dedos.

Ás vezes, a nossa vida também é um filme. Ou assemelha-se a um filme!


3 comentários:

xeltox disse...

Espinhos:


Ok, ok, eu sei, desapareci do mapa, tenho andado a mais de 200.
Obrigado pelas dicas sonoras, vou indagar.
Já agora, que estamos com as mãos na massa, não posso deixar de confidenciar a minha última paixão sonora, sei que tardia, pois o álbum já tem uns tempos, mas por outro lado acho que amadureceu o quanto baste, falo de Thomas Feiner, estou coladissimo!


Bjo grande, Xeltox.

espinhos e outras flores disse...

Xeltox,

Obrigada. Fiquei feliz com o teu regresso. Ainda não conheço o último do Thomas Feiner que tanto aprecio. Também vou indagar, sem falta. Volta sempre.

Beijo grande.

espinhos e outras flores disse...

Xeltox.

Por momentos pensei tratar-se de algum um novo albúm que me tivesse passado ao lado, mas referes-te ao "The Opiates", sim já tem uns bons tempos, já o referi aqui como uma paixão minha, talvez há dois anos. Vou voltar a ouvi-lo para sentir de novo esse prazer.

Beijo grande.