quarta-feira, 3 de outubro de 2007

NUMA ESTRADA QUALQUER

Vou devagar, estrada fora... devagar para não cair. Porque insegura, passo incerto.
Vou em silêncio... carregada de barulhentos pensamentos. Porque as palavras embatem e retornam, vazias.
Vou a preto e branco... para não gastar as cores. Porque guardo um imenso colorido para o fim da estrada.
Vou sózinha... mas não ausente. Porque sou várias, salteadas, revesadas.
Vou de costas voltadas... para o outro fim de estrada. Porque estradas se entroncam, se cruzam. E é preciso caminhar de frente para alguma coisa, de costas para nada.





Walking after you - Foo Figthters


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