sexta-feira, 13 de junho de 2008

"SORRY... BAD DAY"


Eu podia ter-me mantido no silêncio. Podia. Mas, por vezes é dificil manter a postura e a razoabilidade.
As lágrimas enxaguam-me o rosto enrigecido pela tristeza. E parecem cavar rugas que antes não existiam. É que as lágrimas abrem sulcos que custam a desaparecer. Rastos frios de desolação. E eu não quero sulcos no meu rostos, não estes.
As palavras que te digo são muito mais do que palavras. São sentimentos aos quais dou forma e substância. Todavia, de que serve a forma quando não consegues vê-la? Para quê a substância se a rejeitas? É por isso que tenho de ir. Já não encontro motivo algum para ficar. Fechas as portas. só encontro paredes altas, cada vez mais mais apertadas. Manténs-me fora, afastada e cansada. Tenho de ir.
Lamentas! O meu lamento é bem maior! Olho-me. Como se me visse de fora para dentro. Vejo dor e cansaço. Uma incapacidade quase absoluta de esquecer, emersa numa quase impossibilidade de viver sem ti. E eu sei, sei muito bem, que tudo é passível de esquecimento e que continuarei vivendo onde quer que estejas. O que eu não sei é como fazer para acabar com esta dor.
Não importa o quanto lamentamos. Tenho de ir. Quero libertar-me. Quero libertar-me. Quero acabar com as lágrimas. Não quero mais Lágrimas. Não quero mais esperas, nem "good days" nem "bad days". Um dia tudo tem de terminar de vez e hoje quero que seja esse dia.


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