terça-feira, 3 de junho de 2008

UM AMOR, UMA VIDA


Tenho saudades das coisas que nunca fiz contigo! E, principalmente das que poderia ter feito, das que guardei na algibeira, como meros rascunhos de desejos, para concretizar mais tarde. Sim, foram tantas as coisas que guardei para viver contigo! Tantas essas coisas que hoje me deixam saudades!
Nunca saberás! Não, nunca saberás a que ritmo o meu cérebro trabalhava quando me encontrava contigo. Nenhum dos nossos encontros foi um acaso! Nenhum! Foram todos esquemáticamente elaborados pelo destino. E tu jámais saberás o que este meu cérebro tinha planeado para cada um desses encontros. Tantos rascunhos! Tantos, que acabaram na lixeira do lado esquerdo do peito. Há quem diga que é onde despejamos os sonhos por realizar. Eu prefiro pensar que é o local onde reciclo sentimentos. De qualquer maneira, que importância tem o nome de um local que agora só serve para acolher residuos de tudo quanto planeei sem concretizar? Chamemos-lhe coração. Sim, é um nome como outro qualquer.
Perco-me nos pensamentos e no ritmo das palavras. Ou será o contrário? Não importa. Já não! São todas aquelas coisas que imaginava num plano perfeitamente realizável. E digo isto porque, bastava ser eu mesma para que a magia acontecesse. mas como poderei explicar-te que, quando me encontrava contigo, deparava-me com muros intransponíveis na garganta e correntes nos gestos quase timidos! E, estranhamente, sim, muito estranhamente, ficava toda eu aprisionada dentro de mim! Como dizer-te que o amor me sufocava? Que nunca, mas nunca consegui dizer-te o que queria! O quanto te queria! E nunca consegui tocar-te como desejava! Tanto era o amor que me prendia!
Ah se me conhecesses algum dia! Se algum dia pudesses ver-me dentro de mim, sentir todas essas coisas que não vivi contigo! E que tantas saudades me deixam!
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One love - U2

2 comentários:

Unknown disse...

Impressionante como um texto que alguem escreveu ja em 2008 pode fazer tanto sentido para outro alguem em um domingo de 20010 as duas da matina....

texto fudido.

espinhos e outras flores disse...

Giba,

Coisas que acontecem! ou que não acontecem!Este texto ainda hoje faz sentido também para mim. Já não com a intensidade com que o escrevi, mas ainda com algum pesar.
Obrigada pela visita.