domingo, 27 de novembro de 2011

A UM AMOR SILENCIOSO



Em todos os dias há um instante
Em que voltam as borboletas
Em que a pedra transformada diamante
Esconde amargas lágrimas secretas
Penedo da minha saudade
Onde a medo guardo
Um amor em silêncio
Perdida felicidade
Perdido o tempo
Silenciado

Todos os dias recordo
O amor guardado
Numa gaveta da alma
Todos os dias acordo
Lucida e calma
E dou comigo a pensar
O tempo demorado
Perdido no meu silenciar
Dentro de mim fechado
Sem o poder gritar
Chamar por esse amado
Chorar e sufocar
Sentir e calar
Choro angustiado
Em sufoco derramado

Sem o poder mais amar
Sem o poder mais tocar
Sem o poder mais beijar


Esse perdido enamorado
Que em silêncio sentenciado
Fica em mim a soluçar
Choro sepultado
Por dentro a queimar
No silêncio dos dias
Em tristezas e alegrias
Dentro de mim amortalhado
Na tumba da alma ferida
No chão do meu corpo cansado
Prisoneiro da minha vida
Que fere e sente
Eternamente
Aprisionado



musa
 
O vídeo e o poema fora-me fornecidos por uma amiga poeta Ana Barbara Santo António, sendo que o peoma é de sua autoria.

Um comentário:

Ana Bárbara Santo António disse...

... entrei hoje aqui por um acaso

procurava sombras e espinhos...

Grata pela partilha da Poesia...

Adorei o Blog... perdoa a intromissão na intimidade das tuas palavras...

Boa música...

Carinho poético

Bjinhos ( Sãozinha )