sábado, 25 de junho de 2011

PRETTY LIGHTS - I KNOW THE TRUTH



Que maluqueira! Gostava de ver isto ao vivo.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

SORTE MALVADA!


Bem, agora escrevo porque estou para aqui no escritório a fazer horas, a matar o tempo e a pensar numa solução para mim própria. Não tenho como entrar em casa! Deixei a chave dentro de casa! E a suplente emprestei-a ao puto que esqueceu a dele na casa de um amigo. O puto só vem amanhã à noite e o meu tobias está lá dentro sozinho! Tal filho tal mãe! É cansaço! Já não me lembro de uma temporada assim, a trabalhar todos os santos dias e todas as noites! À pouco pensei: finalmente vou encerrar o estaminé e esticar-me no sofá durante horas. Cheguei à porta e a única coisa que consegui foi esticar-me nas escadas! Sorte malvada! Bom, tenho de ir à procura de um piquet disponível nas próximas horas e que me abra a porta sem rebentar a fechadura. Entretanto dava a minha alma pelo meu sofá, um bom filme e um bom vinho. 

ESTRANHO UNIVERSO!



Quando escrevo em representação e nome de um cliente, principalmente tratando-se de afectos, faço-o com emotividade e uma eloquência que me é característica, porque não sei que de outra forma se poderá falar de afectos. O amor, seja em que vertente for, é, em si mesmo, um tema quente e emocional, logo, exige expressividade. Por isso, ofereço aos textos um grande empenho por forma a dar-lhes vida com vista a tocar o receptor naquilo que há de mais profundo no ser humano. Porque o ser humano é um ser essencialmente emotivo e reactivo às emoções dos outros.
Hoje virei-me para o cliente que tinha de ir falar/defender aquilo que eu já tinha entregue por escrito e disse-lhe: -Não se preocupe, só tem de dizer o que sente, fale do seu amor, fale com o coração. Em suma: deixe o seu coração falar. Ninguém é indiferente ao amor.
E ele falou, falou, falou... e não disse nada! Sem expressão alguma no rosto ou nos gestos, sem qualquer emoção! Na verdade, não falou de amor! Porque do amor, não se fala assim! Não! Fiquei a ouvi-lo, a olhar para ele e a questionar-me onde é que andaria o coração deste homem! Onde estava aquela pessoa cujos sentimentos eu descrevi em páginas várias de verdadeira prosa? Fui eu que a criei com a minha imaginação? O que estariam a sentir e a pensar aquelas outras pessoas? O mesmo que eu?
Mas é quase sempre assim quando se trata de homens! Com eles acontece-me frequentemente! Ainda não percebi porque é que a  maioria  os homens (não quero ser injusta), tem tanta dificuldade em expressar e exprimir as emoções na frente de outras pessoas. Parecem blocos de cimento! É tão dificil assim falar de afectos!? Custa dizer que se sente amor? Estamos a lutar por uma pessoa e não deixamos transparecer os sentimentos, deixamos a sensação que se está a lutar por um objecto!
Que frustração! Já não sei se sou eu que invento os outros, os sentimentos dos outros ou se os outros não sabem mostrar os seus próprios sentimentos!
Quando saímos, desanimada comentei: - Não lhe disse para falar com o coração, que tinha de deixar o coração falar sobre os seus sentimentos? - Ele ficou a olhar para mim com cara de parvo e respondeu: - Fiz o meu melhor. - Incrível! - Pensei. Que resultado é que este homem pode esperar da outra parte? Ah minhas ricas palavras! 
Gostava de conhecer o universo interior dos homens. Serão eles tão desprovidos de emoções ou será tudo uma questão de expressão?!  

quarta-feira, 22 de junho de 2011

AZAR OU SORTE!



"Um dia um grande guerreiro encontrou um cavalo e levou-o consigo. Na comunidade onde vivia todos disseram: - Que sorte!
Um dia o cavalo derrubou-o, ele partiu uma perna e todos disseram: - Que azar teres encontrado o cavalo!
Um dia houve uma guerra e morreram todos os da comunidade, excepto o grande guerreiro que não tinha podido lutar porque tinha uma perna partida!"
.

A relatividade das coisas é incrível!

terça-feira, 21 de junho de 2011

BON IVER - BON IVER

(2011)

Este, como seria de esperar, é delicioso.

THURSTON MOORE - DEMOLISHED THOUGHTS

(2011)
Mais um álbum encantador. "Iluminine" a mais bela.



sexta-feira, 17 de junho de 2011

TYLER THE CREATOR -YONKERS



Vou jantar com uma amiga, por isso espera-me uma noite de bebedeira.
Antes não quis deixar de colocar aqui este vídeo que o meu filho me apresentou. Louco!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

ELAS E O AMOR



- Como é que sabemos que o coração está indisponível e quando se pode disponibilizar? - Perguntou ela.
- Sabemos que está indisponível quando temos amor por alguém. E percebemos que se pode disponibilizar quando começamos a pensar numa outra pessoa e essa outra pessoa nos sobressalta, nos faz estremecer à menor coisa, nos põe a sonhar, a suar, a desejar querer estar mais presente e conhecer mais cada pormenor seu. - Respondi.
- O meu coração anda muito disponível! - Comentou. - Mas quando saimos algumas vezes com uma pessoa, ainda que não sintamos isso, como podemos saber que futuramente não venha a acontecer? A paixão ou o amor não pode surgir mais tarde, com o convívio? - Questionou.
- Pode. Somos todos diferentes. Comigo funciona assim, se não sinto estremecimentos e suores frios inicialmente com um homem, fico a saber que o meu coração não está disponível para aquele homem. Primeiro a paixão, depois o amor. Foi sempre assim. Dou-te um exemplo: No início do inverno comecei a cruzar-me todos os dias com um individuo que veio morar para a rua do lado. Há quinze dias ele veio ter comigo, apresentou-se e acompanhou-me no passeio com o cão. A partir daí, mais ou menos à mesma hora eu ia dar o passeio com o cão e ele aparecia e acompanhava-me. É um homem interessante, conversa bem e é divertido. Começou a insinuar-se cada vez mais e convidou-me para sair. A partir do momento em que começou a insinuar-se deixei de desejar a presença dele, alterei as horas do passeio só para o evitar e na hora de sairmos disse que não me apetecia. Percebi que podia criar uma amizade com aquele homem mas não mais do que isso. Nada nele me fazia estremecer e quanto mais se insinuava menos interessante me parecia! É assim que sabemos, sabendo. Pode acontecer que haja uma atracção fisica, um desejo puramente físico que possibilite o contacto, ou mais do que isso, uma empatia e daí surgir uma boa relação embora sem amor, mas isso não é paixão. Eu só consigo sentir o coração disponível ou a disponibilizar-se quando sinto paixão.
- És muito complicada, ou esquisita! É tão fácil sentir paixão! - Afirmou ela.
- Mas eu estou sempre apaixonada! Gosto de renovar as minhas paixões, crio pontos de restauro! Porque eu sou uma idiota. - Justifiquei-me.
- Fogo! - Exclamou - És mesmo idiota! Gostas de sofrer!
Eu ri-me.
- Já lá vai um bom tempo, comecei a sentir uns toques cá dentro logo nos primeiros "contactos"- se assim lhe posso chamar. O tempo foi passando, mas cada vez que se dava um "contacto"- sempre tão raros! - toda eu entrava em ebulição. Ainda hoje é assim! Soube logo que aquele homem me ia raptar a alma e partir-me o coração! Quando voltar a sentir isso por alguém saberei que estou disponível para o amor.

ELAS E ELES


- Ele disse-me: "Não te apaixones por mim, sou um solitário vou-te fazer sofrer e eu gosto de ver os teus olhos a sorrirem."
- Como é que reagiste? - Perguntei com pena que assim tenha sido.
- Fiquei triste. Mas, por outro lado fiquei aliviada. Sabes, aquela ansiedade que trazia comigo era porque necessitava de saber o que ele sente por mim. Com estas palavras fiquei a saber. Não precisei que me dissesse mais nada. E também fiquei a saber o que esperar da nossa relação. Vamos continuar a nos encontrarmos, a viver cada encontro com prazer, a telefonar, a mandar mensagens... até que o destino nos aparte.
Cada uma suspirou para seu lado.
- Se calhar é melhor assim. - Disse eu. - São as relações mais práticas e as menos sofridas. Já quase ninguém se interessa pelo amor ou então andamos todos trocados! Há tempos disse umas palavras semelhantes a uma pessoa: "Não te apaixones por mim, sou uma solitária com o coração indisponível, sentirei quando ele começar a abrir-se e não o sinto neste momento. Vive cada momento com alegria, mas não penses no amor."
- E ele como reagiu?
- Nunca mais me falou!
- Xi! E tu?
- Fiquei aliviada, em todos os sentidos!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

POESIA INTERESSANTÍSSIMA!



RIDÍCULO

E assim a minha alma
começou a perder aulas,
a fechar-se em canivetes,
a deixar crescer a sombra.
Já sabia que, na vida,
só depois do exame
é que chega a lição.

Fui servido ao caprichoso
ziguezague do acaso;
que me trouxe quase inteiro a
este pálido caderno,
onde toda a matemática
se ri do meu intento
de somar a não o nada.

"Vista de Um Pátio seguido de Desordem", Relógio d'Água, Lisboa, 2003


BRIEF ENCOUNTER - DAVID LEAN (1945)

Quando duas almas, e digo bem,
se enamoram uma da outra,
estamos perante um caso fragrante
de romantismo inglês. A princesa,
o dragão e o senhor chapéu de coco:
tanto basta para um drama
em que o remorso é o artista
principal. São assim os infelizes,
não conseguem partir um prato
sem ficar tolhidos pelo sentimento
de culpa. E por isso, sentem eles,
o melhor é estar quieto na berma
do sofá, e ter medo de tudo,
de tudo menos da infelicidade.

 "Movimentos no Escuro", Relógio d'Água, Lisboa, 2005


DIZIAS QUE GOSTAVAS

Dizias que gostavas de poemas.
Escrevi-te, numa tarde, mais de cinco.
São muito bonitos, disseste,
hei-de mostrá-los ao meu namorado.
Nunca mais confiei nos versos
nem no gosto feminil.

"Vista de Um Pátio seguido de Desordem", Relógio d'Água, Lisboa, 2003



Os sonhos dos homens assemelham-se entre si.
Já os pesadelos, cada um tem o seu.
Durante muitos anos eu fui hóspede do frio.
Enrolava cigarros para depois da chuva
e não tinha sonhos, somente pesadelos.

O mais recorrente era o do nevoeiro:
ninguém me via, era inútil mandar vir
uma caneca de cerveja, no café.
O meu dinheiro ninguém o aceitava,
ficava parado, fazia de mim um acumulador.

Como nunca saía de casa, não sabia falar
senão com mortos. Parecia-me magia
saber responder boa tarde como vai
à saudação dos vizinhos, pedir do vazio
ao homem do talho, perguntar as horas.

Tempos amargos esses, e hoje,
a mesma coisa, a mesma solidão.
Com a diferença de que sou mais forte agora,
vou à piscina duas vezes por semana,
escrevo poemas para não adormecer.

"vista para um pátio seguido de desordem", relógio d´água, 2003


- Do poeta José Miguel Silva -

domingo, 12 de junho de 2011

VETIVER - THE ERRANT CHARM

(2011)
.
Um encanto!

ARCTIC MONKEYS - SUCK IT AND SEE

(2011)
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Estes macacos refrescam-me a vida!

sábado, 11 de junho de 2011

SALMO PARA AS MULHERES


Senhor,

obrigado por teres feito as mulheres.
Obrigado por me teres dado olhos
para as olhar, nariz para as cheirar,
dedos para folhear lentamente as suas páginas,
língua para as saborear,
doces momentos para enlearmos os nossos pêlos encaracolados.

Obrigado por as teres feito
como o melhor dos géneros,
por as teres dotado com uma inteligência
que eu nunca compreendi.

E, Senhor, escuta,
pessoalmente eu não acredito no pecado,
mas por favor perdoa-me
se alguma vez fiz mal a uma mulher.

- Jack Agüeros, in "Lord, is this a psalm? "-



VOO


O amor amanhace todos os dias.
Nada o retém, nada o prenderá.
Um dia atirá-lo-ei pela janela, para dar-lhe asas.

Um dia saltarei do trapézio, sem rede,
em  voo ou queda livre,
para os teus braços, mesmo que braços não tenhas
para me segurar.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

NOVIDADE



Notícia que não poderia deixar de passar aqui, a banda do meu filho foi escolhida para actuar num concerto, como banda secundária, claro. Será o seu primeiro concerto, em Setembro, em data ainda não definida, na cidade de Lisboa. Ele tem trabalhado muito as técnicas de respiração e afinação da voz e ensina-me. Está muito empolgado. Eu, como não poderia deixar de ser, estou feliz, ansiosa e orgulhosa. Já tenho prometido um lugar de honra, nem podia ser por menos!

domingo, 5 de junho de 2011

AINDA COISAS DE GAJAS


Há pouco ela ligou-me.
- Ontem à noite fiz uma asneira, fui a casa dele.
-  Para tirares a limpo se é ou não é gay? - Perguntei.
- Mais ou menos.
- E então?
- Então, a mãe dele não nos largou. - Disse.
- Ainda que não seja gay, quem o levar a ele tem de levar a mãe. É o dois em um! DESISTO. - Concluiu.
- É melhor do que nada. - Disse-lhe no gozo
- Cala-te.
- O amor é lixado! - Concluí.
Ou será a vida?


sábado, 4 de junho de 2011

COISAS DE GAJAS


As mulheres conseguem ser e ter conversas completamente hilariantes!
Há tempos ela andava numa espécie de namorico com ele, mensagens, vídeos, músicas, jantares e nada mais. Um dia decidiu mandar-lhe uma declaração de amor à qual ele nunca respondeu, nem quis tocar no assunto. Uns dias depois disse-me:
- Acho que ele é gay. - Perguntei-lhe porquê. - Tenho essa impressão!
- Bom, agora que falas no assunto, devo dizer-te que também acho. Quando mo apresentaste tive esse pressentimento, nunca o referi para não te magoar, além de que a aparência leva-nos muitas vezes a conclusões erradas. Se calhar não o é. Pode muito bem não o ser.  - Disse eu.
- Pode muito bem sê-lo. - Afirmou ela. - E agora já meti isso na cabeça e ainda bem porque é a maneira de o esquecer mais rápidamente.
Durantes uns tempos afastou-se dele.
Hoje, a caminho da praia, disse-me:
- Estou toda lixada! Não dormi nada. Tive uma recaída e liguei-lhe. Estivemos toda a noite no pc a conversar e a trocar vídeos. Voltei ao mesmo!
Eu desatei a rir, pois bem sabia que assim iria ser.
Ela olhou para mim, muito séria:
- Não te rias. Estou toda lixada da cabeça. Eu estava tão bem quando ele era gay! Agora que já não o é outra vez, sinto-me angustiada, ansiosa e cheia de desejos que nunca se irão concretizar! Porraaa.!!
- Então o melhor é ele voltar a ser gay. - Concluí.
- Tens razão. Mas acho que esta noite não vou resistir e volto ao mesmo. Arranja-me aí uma música para lhe enviar. - Pediu.
- Manda-lhe aquela do Júlio Iglesias "Hey! Você nunca me amou, agora eu sei! Você nunca me quis e eu te amei...", altamente pirosa mas muito bonita e que eu gosto muito e até a canto no banho, ou então outra do género, por exemplo "El dia que me quieras" do Luis Miguel. - Aconselhei.
- És um anjo! Mando-lhe as duas.

SHE WANTS REVENGE - VALLEYHEART

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Já cá está e não consigo deixar de o ouvir. Volto a dançar. Danço.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

SOFRE-SE COM O MEDO DE SE SOFRER!



- Não me quero apaixonar. - Disse ela com os olhos a brilharem após regressar da noite que passou com o rapaz com quem tem saído.
- Porquê? - Perguntei-lhe.
- Tenho medo de sofrer. Não quero voltar a sofrer. - Respondeu.
- Quem tem medo de sofrer não vive e acaba por sofrer de uma outra forma. - Disse eu.
- Não consigo deixar de pensar nele! O que é que eu faço?
- Vive.

Nunca tive medo de me apaixonar. Na verdade, o que eu receio é perder a capacidade de me apaixonar e de não voltar a sentir aqueles nós na garganta e no estomago que nos cortam a respiração, nos tiram o apetite e nos fazem dar voltas na cama. Eu sofro é de saudade de sentir paixão.