sábado, 12 de março de 2011

A VIDA É INJUSTA


Ele disse-lhe:
- Se não te amasse, talvez nunca pensasse em ti!
De tão sufocada e cansada da persistência dele, ela respondeu-lhe:
- DEIXA-ME EM PAZ. Desaparece da minha vida. Até sempre.
Ele retorquiu:
- Quando se ama não se tem PAZ. E isso é algo que só tu me fizes-te saber. Não desaparecerei, o meu espaço é ao teu lado. Tenho todo o tempo do mundo para esperar. O TEMPO É ETERNO.
Ela ficou sem forças para responder de tão enervada que se sentia.
Porém, estas palavras deixaram-na a pensar.
De facto é bem verdade que quando se ama não se tem paz, principalmente quando se ama só, quando se ama unilateralmente, quando se ama alguém que nem se lembra que nós existimos. Dói! 
Mas o tempo é eterno? Para quem? Para quê?
Dá dó! Ela sente uma pena infinita dele e dela própria!
O amor, não deveria vir sempre acompanhado da possibilidade de se concretizar?
Ou, no mínimo, não deveriamos ter forças suficientes para nos afastarmos, eclipsarmo-nos de vez, ao invés de perseguirmos quem não nos quer?

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