sábado, 1 de setembro de 2007



Hoje estou pobre!
Soltei a loba.
Mordi onde o desejo queria estar.
Soltei o impulso negativo.
Fui noite dentro onde apenas retive as trevas.
Voltei tão só!
Hoje despi-me de mim!
Nem adeus!
Um simples toque e "never again".
Nem um remorso.
Hoje não tive hesitações.
Fui total no auje do impulso.
Porque hoje estou negra.
Total ausência de luz.
Amarga insónia de sonhos.
Pedi desculpas como se a culpa me apadrinhasse. Ninguém sabe, se não eu (e hoje não sou eu, sou ninguém) que culpa alguma carrego. Porque de tão vazia, nem um miserável sentimento como esse. Nada! Tão simplesmente negra e despejada. Já não moro, já não estou. Parti sem um adeus e com a certeza de nenhuma procura. Porque falta alguma faço.
Se hoje me olhar no espelho, não estarei lá. Porque hoje não existo senão nestas palavras.

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