quarta-feira, 5 de setembro de 2007

É MELHOR SER ALEGRE QUE SER TRISTE


Não sei que destino é este que me persegue! Eu digo que é azar, mas talvez seja castigo.
Há um constante desenrolar de factos e acontecimentos que poderiam levar qualquer humano à loucura! Mas há em mim uma soberba alma de cigarra, que prefere carregar a miserabilidade da sorte, enleada entre as cordas ou acordes musicais. Fulminada pelos raios constantes da má sorte, lá prossigo de mp3 pendente das orelhas (moucas às vozes daqueles que muito falam e não aconchegam), pés mexericados em jeito e dança e o olhar enfadado e perdido no horizonte.
Praguejar sempre que o carro avaria, a máquina se estraga, o cliente não paga, a mão fica entalada na janela, o vaso me cai na cabeça, a chave fica por dentro da porta, o candeeiro cai, cai-o ao atravessar a rua mesmo em frente à multidão, cada vez que levo um não, etc, etc, etc..., já não compensa! Agora canto. Porque quem canta seus males espanta. E a mim já nada me espanta, porém, levo a vida a espantar.
Pode até ser que não seja azar, má sorte, mau olhado, praga, má karma, energia negativa... pode até ser simples acaso, coisas que a natureza usa para me chamar a atenção. Só tenho de entender, não porquê das coisas, mas o para quê. Os azares, já não me arrasam. Encaro-os como obstáculos que tenho de superar para continuar. Ou como muros atrás dos quais me deixo abater. É a natureza a por à prova as minhas capacidades físicas e sobretudo psicológicas de sobrevivência. Afinal, viver não é de borla, também tem o seu custo!
Samba da benção

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