sábado, 20 de dezembro de 2008

A SÉRIO? OU ASSÉDIO?


Ele tinha um ar constrangido e o aspecto de um condenado que arrasta as correntes e uma bola de 100 kl.
Umas palmadinhas nas costas a tentar animar o rapaz. Afinal é natal, não está a chover, o nevoeiro já levantou e nem sempre é noite.
"Querem-me arranjar problemas. As pessoas estão sempre a tentar tramar-me e eu estou farto de ser uma vítima."- Disse.
Acenou a cabeça num gesto compadecido e solidário. "Tudo se resolve, tudo se resolve, é preciso ter calma. Quando estamos com a nossa consciência tranquila, nada nos pode derrubar, vá lá, anima-te."- Disse ao rapaz. E depois agarrou no telefone e ligou para a "filha da mãe" que estava a causar todo aquele constrangimeto.
"Blá, blá, blá..." E depois uns berros do outro lado. E depois um silêncio quase absoluto. Um daqueles silêncios em que nem sequer há cor, tudo branqueia.
Então, fixou-o nos olhos, com uma certa dificuldade pois já não via ali um rapaz. E disse: - "Ouve lá, a tua empregada diz que lhe andaste a mandar fotografias nu, em poses exibicionistas e desavergonhadas!"
Ele, com o mesmo ar de condenado, sobressaltou-se e explicou que se tinha enganado, pois as fotos eram para a esposa e foi sem querer foram parar ao telemóvel da empregada.
"Ouve lá, a tua empregada diz que foi procurar informações a teu respeito e descobriu que tu te enganavas sempre no nº dos telemóveis, pois todas as anteriores empregadas receberam fotografias idênticas! Tens alguma alguma justificação para isto!!!"- ?
"Aqui entre nós, a gaja é uma puta, o que ela quer é prejudicar-me e sacar-me dinheiro." - Respondeu o ar de condenado com aspecto de rapaz.
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É chocante apercebermo-nos que a história do capuchinho vermelho e do lobo mau não é ficção, e se repete constantemente, por vezes na casa ao lado ou na rua da frente.
Pessoas aparentemente normais, casadas, pais/mães de filhos, boas famílias e com comportamentos absurdos! Primeiro perseguem. A seguir atacam. E se não conseguem comer, fazem-se de vítimas, difamam e espezinham.
A isto digo NÃO.

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