sábado, 19 de junho de 2010


Há ecos de ti por toda a parte, espalhados na subtileza das palavras. Se as ouvisses, se ao menos soubesses, suspeitasses, que o vento corria na tua direcção e a barca navegava no teu mar vermelho...
Bem sei que digo estar presa ao cais! Bem sei que sou um navio encalhado nas contradições! Mas não percebo nada de ciências exatas e um dia, há muito tempo, sem que o confessasse, dei-te a mão num silêncio convencional. E nunca mais consegui largá-la! Segurei-te a mão no meu convés. E o meu convés tem o pequeno tamanho de um segredo, onde não desenhei uma porta. Foi para me sentir presa. Presa à vida. Sem tempo a rolar nos ponteiros dos relógios.
Não tenho pressa.

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Too Afraid To love You - The black Keys

Um comentário:

comboio turbulento disse...

a paixão deixa-nos assim de mão pendente, pedinte, mesmo que envergonhados(as)da nossa fraqueza. estás a escrever muito bem. a paixão tem dessas virtudes