domingo, 4 de julho de 2010

A TUA ELEGÂNCIA


Quando comecei a trabalhar era uma jovem inexperiente no ofício. Tive de enfrentar um Colega já de idade e muito experiente. Fiquei apreensiva. Porém, ao invés de ele se aproveitar do facto, mostrou-me os caminhos a seguir, indicou-me os meios, os correctos, era eloquente em tudo o que dizia e fazia e de uma cordialidade e elegância fora do comum. Esta madrugada lembrei-me como a atitude dele mudou alguma coisa em mim. E serve para ilustrar a postagem.
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Há uma elegância que não tem a ver com o porte fisico, mas sim com a atitude. Tem a ver com uma sensibilidade extraordinária. É o charme da alma. É o oposto da arrogância e da indiferênça para com os outros. É uma caracteristica tão rara que é de fácil percepção. E é desvalorizada pela maioria das pessoas. Vive-se o quotidiano, o imediato, como quem consome dias. Consomem-se pessoas como quem consome bens. Neste contexto não se gera a necessidade de se cultivar a elegância. Eu tento, mas nem por isso obtenho o resultado pretendido. É tão difícil encontrar essa caracteristica num único Homem, como o é encontrar a normalidade.
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Ficamos muitas vezes sujeitos ao julgamento e crítica das pessoas. As pessoas elegantes também são pessoas discretas, não o fazem, ou fazem-no subtil e indirectamente.
As pessoas elegantes não receiem o que possam aparentar, porque efectivamente são elegantes em tudo o que fazem, seguem uma linha de comportamento quase sempre irrepreensível e aqueles que as julgam ou criticam são quem acaba por perder a compostura. A elegância está associada a uma inteligência muito especial.
A elegância enquanto sensibilidade. É o que mais me apaixona e deslumbra numa pessoa. Quando encontramos uma pessoa com essas caracteristicas e que ao longo do tempo não se desmoronam, pelo contrário, se firmam, como podemos ficar indiferentes? Não é apenas uma pessoa elegante é um ideal.

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