domingo, 31 de agosto de 2008
sábado, 30 de agosto de 2008
TRACK 01

terça-feira, 26 de agosto de 2008
MEMÓRIAS QUE ME PERSEGUEM

segunda-feira, 25 de agosto de 2008
RECORTES DA VIDA II

Ele agora mergulha de cabeça num rio de angustia que corre para o futuro. Debate-se contra a corrente. Tem momentos que se deixa arrastar sem qualquer resistência na suposição de uma morte rápida. Por vezes pensa que vai matá-la, estrangular o pescoço fino e belo, entre os seus dedos, numa carícia bárbara que só terminará num último suspiro. Porque, mais profundamente cruel é a dor que lhe nasceu no peito, de um dia para o outro, sem que pudesse prevê-la. Não sabe o que faz. Vive num emaranhado de pensamentos que lhe queimam as memórias e o presente. Movimenta-se como um louco sem qualquer motivação. Entra em casa julgando ouvi-la, pensando vê-la sentada no sofá, com aquele sorriso de quem o espera feliz. Procura-a por todo lado e nunca a encontra. Volta a sair. Bate a porta com toda a força. E jura que, quando voltar a entrar, se a encontrar ali, a vai matar. Depois deambula pela cidade, como um espectro.
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A que cheira o amor quando morre?
domingo, 24 de agosto de 2008
RECORTES DA VIDA I

sábado, 23 de agosto de 2008
AS PRÓXIMAS NOITES VOU ESTAR
terça-feira, 19 de agosto de 2008
HAVERIA DE RIR OU DE CHORAR. TANTO FAZ...

domingo, 17 de agosto de 2008
CONTRADIÇÕES
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Não percebo porque foi proíbido o uso de verniz colorido nas unhas das vendedoras de fruta, hortaliça e peixe, em mercados públicos. O consumidor tem de poder verificar se a vendedora tem as unhas limpas quando manuseia o produto. Acaso comemos as frutas ou cozinhamos as batatas, os legumes e o peixe sem os lavarmos?
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É obrigatório o uso de luvas na venda do pão. Por uma questão de higiene. E tem lógica, porque o pão não pode ser lavado. Porém, tenho reparado que, em algumas padarias nunca tiram as luvas, fazem tudo com elas. E, em alguns cafés, calçam as luvas para porém o pão no saco e a seguir recebem o dinheiro e fazem o troco com elas. Só depois é que as tiram, mas servem o próximo cliente com as mesmas. Afinal, com luvas ou sem luvas, onde é que está a diferênça?
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Nos talhos não pode haver plantas como ornamento. É proíbido. Dizem que é por causa das térmitas. Creio que é pelo receio que as térmitas possam sair dos vasos, galgar por ali até aos balcões e irem fazer hospedagem na carne. Ou serem tomadas de uma irresistível tentação de mudarem a estadia para dentro das arcas frigoríficas, especialmente nos dias mais quentes do verão. Compreende-se! Mas, o que faremos às plantas da nossa casa? Será que já temos colónias de térmitas no frigorífico onde colocamos a carne? Andarão elas a passear pela cozinha, balcões, armários e até dentro dos tachos?
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sexta-feira, 15 de agosto de 2008
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
CASAMENTOS HOMOSEXUAIS

O casamento, antes de se converter em lei, já era uma instituição secular. As instituições e as leis geram-se sempre nos costumes e vontade do Homem. Porque servem o Homem. De uma forma mais radical, servem os interesses dos homens. A homosexualidade sempre existiu. Sendo uma minoria, tende a ser oprimida e regeitada. Mas ninguém ignora a sua existência. Ao longo dos séculos lutamos pela consagração dos direitos humanos. Acabamos com a escravatura. Não conseguimos erradicar a pena de morte, mas a tendência será, certamente, para o fim. Então porque não aceitamos a homosexualidade? Não é transmissivel. Nem sequer é uma doênça. Não é uma opção (pois dada a discriminação que existe, ninguém no seu perfeito juízo diria: "apetece-me ser homosexual, por isso, a partir de hoje, é o que vou ser!" - só mesmo um gato fedorento!). Penso que nasce com a pessoa. E a pessoa não é menos pessoa por isso.
O casamento é uma instituição que se reje por leis. As leis estão sempre a mudar! É a necessidade de se adaptarem às novas exigências sociais que impele a mudânça. Precisamente porque são criadas pelo homem, no interesse deste e ao serviço de toda a sociedade. Porque é que o conceito tradicional de casamento não pode sofrer uma natural mudança no interesse de toda a sociedade? Aqui voltamos ao significado de minorias.
No velho regime proíbia-se o divórcio. Este só era considerado mediante determinadas circunstâncias, e havia o estigma social. Mas as mentalidades evoluiram e tornou-se necessário adaptar as leis. E o estigma desapareceu. As mentalidades! Sempre as mentalidades!
E nem sequer se diga que a união de facto já legislada se estende aos homosexuais, garantindo a sua protecção. Só quem não conhece as leis pode afirmar uma coisa dessas. Uma pessoa que viva em união de facto com outra pessoa uma vida inteira, não está protegido pelas leis da sucessão. Melhor dizendo, não é herdeiro desta. E, se não acautelou os seus interesses devidamente, pode ver-se confrontado com o facto de vir a perder bens adiquiridos á custa do seu trabalho, a favor dos familiares mais próximos do falecido companheiro. Já quanto às pensões de reforma, acaso o cidadão comum sabe que tem de instaurar um processo judicial extremamente complexo e demorado para poder beneficiar do subsidio de reforma do companheiro? E que raramente acaba por conseguir benificiar deste?
Pois é! Casamento e união de facto são realidades jurídicas completamente distintas! Se o não fossem, que sentido faria existirem leis distintas? Mas ilude-se o povo com conversas da treta, o pior é quando os problemas tocam na pele de cada um individualmente considerado.
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A questão da adopção é outra falsa questão. Afinal o que é que se pretende proteger negando a possibilidade de adopção a um casal homosexual? É o estigma social eventualmente a ser sofrido pela criança adoptada? É o receio de aqueles pais (tiranos) não protejam o interesse do menor e abusem dele? Ponderemos! São, também eles, falsos problemas. Vejamos. As crianças que crescem em instituições socias sofrem sempre o estigma social, só por esse facto. Crescem sem amor, com regras desprositadas, e mal preparados para um futuro que se prevê "á deriva". Atingem a maioridade e têm de se fazer à vida, a maioria das vezes sem quaisquer recursos. Muitas delas são abusadas sexualmente dentro da própria instituição, senão pelos adultos que lidam com elas, pelos mais velhos que geram uma espécie de hierarquia e poder, criando escravaturas das mais varidas espécies.
Por outro lado, quantos pais biológicos desprezam, maltratam e até abusam sexualmente dos seus filhos? Mas os homosexuais são, só por isso, pessoas com má formação, abusadores e incapazes de amar?
terça-feira, 12 de agosto de 2008
..., ..., ...

segunda-feira, 11 de agosto de 2008
MONDAY NIGHT

INSTANTES QUASE REAIS
Não quero voltar a apaixonar-me. Não.
Não quero voltar a amar. Não.
Não quero vestir-me de negro.
Não quero cantarolar músicas tristes em noites quentes de Verão. Não!
Não quero sentar-me a ouvir silêncios pesados ao nascer do dia.
Não quero esperas geladas de descontentamento.
Nem momentos insuflados de vazios.
O que eu quero é deslumbrar-me.
Simplesmente, deslumbrar-me.
Porque o deslumbramento não deixa marcas, cicatrizes dolorosas. Toma-nos, por inteiro, dos pés aos cabelos, em trémulos abalos de vida. Agita-nos como um tornado. E depois desfaz-se, evapora-se, desaparece! E deixa-nos um prolongado sorriso de satisfação, que vai agonizando, lentamente, noite após noite, até um dia ser dia.
Só restará a memória feliz.
Tenho - dizem - o dom de guardar na memória, apenas os momentos felizes. É claro que todos os momentos levam o seu tempo até se tornarem memória. Mas os deslumbramentos são tão breves, que passam quase instantâneamente a instantes memoráveis.
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All the young dudes - Gene Loves Gezebel
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
A FINAL ?
Afinal, pensando bem, talvez a minha outra metade sempre tenha estado aqui ao meu lado, à espera de ser reconhecida. Talvez eu não quisesse vê-la. Talvez quisesse manter essa chama de amor que um dia se acendeu e já se apagou. Talvez!
Afinal, pensando bem, talvez eu tenha atravessado o deserto e tenha chegado inteira. E, depois de tantos delírios ressequidos, não tenha tido a percepção de que, afinal, a caminhada chegou ao fim e tudo está no devido lugar, como deve estar.
"Para ser grande sê inteira..."
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What's a girl to do - Bat For Lashes
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
INQUIETUDE
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
E NEM O VENTO O LEVAVA!

O amor morreu! Quem o pensara! Quem o diria!
Ainda ontem segredava e prometia...
Morreu! Atropelado por um olhar fulminante em excesso de sedução.
Numa rua qualquer onde passeava sem a menor intenção.
Morreu desprevenido. Esmagado pelo embate. Sem tempo para reflectir. Sem, sequer, se despedir.
Amanhã ninguém falará nele. Ninguém se lembrará do pulsar frenético daquele coração, das lágrimas vertidas sobre os dias, das noites mal dormidas, dos calores, dos beijos, dos dedos entrançados, dos sorrisos trocados. Dormirá, para sempre esquecido. Só porque um olhar mal conduzido, transgredido, o atropelou mortalmente!
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Love Will Tears us Apart - Moonspell
domingo, 3 de agosto de 2008
sábado, 2 de agosto de 2008
OLHA-ME NOS OLHOS E CALA O SILÊNCIO

Ou será, simplesmente, o retrato de um momento de "partilha" num instante de azar?
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All I Ever Wanted - Depeche Mode
SABE BEM PENSAR TÃO POUCO!...
