quinta-feira, 29 de abril de 2010

JÁ TENHO DONOS

"O Tobias a pensar: - Esta amostra de cão não pára quieta!! Nem para a fotografia!"

A minha menininha é tão bonitinha e encantadora, que por onde passo com ela, toda a gente fica cativada. E, por isso mesmo, já lhe arranjei uma família - um casal com uma menina de dez anos, a quem morreu recentemente um cãozinho de estimação e que tem idoneidade suficiente para cuidar dela. Ela é tão pequenina, que eu nem imaginava que havia caniches deste tamanhinho! Vou-lhe sentir a falta. A sério. Até me dói o coração ter de a entregar! E o puto? Ficou desolado! Mas o Tobias, esse, é o que vai sentir mais a falta. Volta a ficar sózinho por longos periodos!

Sempre tive esta mania de trazer para casa os animais perdidos. Eu e os meus irmãos. Coleccionavamos gatos na infância. Até um porco espinho e um cágado tivemos! O cágado, de nome Conchita, levei-o para Coímbra quando fui estudar. Não era uma simples tartaruga, como os meninos da cidade julgavam. Não. Era enorme e deliciosamente feio. Penso nele muitas vezes, como em todas as coisas, animais e pessoas que amei. A vida é assim, uma sucessão de amores e de perdas!
Neste momento tenho os dois comigo. O Tobias estiraçado em cima da secretária, como é habitual. Vou-lhe coçando as costas enquanto escrevo e ele gosta muito! A Nina - nome que dou a todas as cadelas perdidas que trago para casa, até lhes arranjar um lar (diminutivo de menina) - está no meu colo, e também exige que lhe coce as costas.
Todas as manifestações de amor fazem de nós melhores pessoas. Não tenho dúvidas quanto a isso. Estou tão ternurenta hoje que até meto nojo!
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The Back Rooms - Editors

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