quinta-feira, 28 de julho de 2011

DE IMPROVISO


A indiferença não reduz o amor.

Continuas a desarrumar-me a alma.
Passas por mim, indiferente à loucura que me seduz,
atravessas-me o coração como uma farpa e depois
finges não ver o sangrar das palavras
que te atiro de improviso.

Tudo continua tão inevitável como antes,
só que agora sabemo-lo,
agora podes negar,
invocar o equívoco
cortar as raízes,
para que sangremos mais.

Eu preciso que o drama se derrame,
a teus pés, de artérias abertas
a pulsar no chão.

Porque tu és o poema
a vermelho 
o sangue que me escorre dos pulsos laminados
e dá cor à rosa.
A rosa pertence ao poema.
.
Nota: A foto foi tirada pelo meu filho. O rapaz tem treinado!

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