Navego num mar morto.
Uma amiga que gasta metade do seu tempo de vida a falar, que raciocína mais por intuição que outra coisa e inventa paixões onde elas não existem, diz-me que gosta muito mais de mim quando falo de amor, busco encanto e chamo o teu nome. Diz-me que estou tranquilamente silenciosa. E chata. Eu também gosto mais de mim quando falo de amor. Mas tenho insónias. Já não sonho. Vivo sonolenta. O Norte é tão indiferente quanto o Sul. Talvez deixe de ter um ponto cardeal. Penso que estou a morrer dentro de mim. E que, se falar de amor será por acaso. Já não busco encanto. Guardo o teu nome, que já não chamo, para que morra comigo.
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