terça-feira, 18 de maio de 2010

PENSAMENTOS DISPERSOS


Decidi beber um copo ao jantar. Quem diz um, diz dois ou três. Tenho as hormonas a foderem-me o juízo e exijo respeito. Não há quem aguente! O pensamento não me larga e a inquietação exalta-me ao extremo! Parece um tornado a percorrer-me o cérebro! Decidi que preciso de relaxar.
É que, dou por mim a não querer o que quero porque o que quero não me quer querendo-me. E também dou por mim a querer o que não conheço mas que idealizo, porque conheço e sei que quero secreta, íntima e cretinamente.
Se eu escrevesse poemas ao invés de pensamentos, possívelmente já teria editado um livro surealista acerca do absurdo da vida, melhor dizendo: da minha vida. Ontem deitei-me com o pensamento a ditar-me um poema. Acordei com um poema no pensamento. Não sei se era o mesmo poema. O que sei é que tinha por fonte o mesmo objecto. E pareceu-me um poema vital. Eu que não escrevo poemas! Dedicado a uma pessoa que não dança. Por mim, que levo a vida a dançar! Possivelmente essa pessoa nem entenderia o significado do poema. Essa pessoa até pode muito bem viver sem o poema. Bem sei que pode. Mas, enfim, acho que a vida dessa pessoa não seria a mesma coisa.
Levei o dia a trabalhar com uma frase a viajar-me no cérebro a cerca de 250 Km/hora: "Não te limites a sonhar" e a pensar o seguinte: O céu pinta-se de todas as cores e nós, debaixo dele, vemos essas cores porque existimos.
O céu não sei se existe porque não consigo tocar-lhe. Porém, acredito em coisas que nunca vi nem consegui tocar, mas que sei que existem porque as sinto e desejo profundamente. O céu deve existir. Tenho quase a certeza que quando olho para cima, não me limito a alucinar. O que não sei é se o meu poema é mesmo um poema. Não rima. Existe nas entrelinhas.

Boa noite.
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Open your Eyes - Snow Patrol

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