sábado, 27 de novembro de 2010

SOMOS ÚNICOS, SEM DÚVIDA!


Há um lugar onde nascem os sonhos. Pensei que deveria ser no pensamento, mas estou quase certa que só pode ser no coração. Todos ambicionamos ser únicos, todos julgamos ser únicos, como no filme "Inteligência Artificial", e todos somos, efectivamente, únicos. Um dia nascemos para alguém, de uma ou de outra forma, seja em que idade for, e tornamo-nos únicos. Às vezes, as pessoas para quem nascemos únicos não o são para nós. Às vezes, não somos únicos para as pessoas que o são para nós. Às vezes, somos tão únicos que dois passam a ser um só.
Um dia nasceste para mim e percebi logo que eras especial, que eras único.
Queremos sempre uma vida inteira. Como no filme. Só queremos ser de verdade. É essa a meta suprema: ser de verdade e ser para sempre. Desde o dia em que se nasce, uns e os outros, uns para os outros. Tu para mim, eu para ti. Lembro-me, sem precisar, do dia em que nasceste e te pressenti único. Lembro-me da terra a tremer dentro mim, do mar a inundar as tripas e um curto-circuito a desligar-me, a piscar, a desligar-me. Um apagão e o recomeçar. A vida nunca mais seria a mesma! Eu só queria ser real. Eu só queria ser de verdade. Oh, fada Azul!... poderias conceder-me o desejo de me tornar verdadeira, para obter o amor do meu amado?
Queremos sempre uma vida inteira. Como no filme. Mas, no filme, um dia, um só dia, acabará por valer uma vida inteira. Depois ele adormece e vai para o lugar onde os sonhos nascem. E a nós? Bastar-nos-á um dia de verdade, um único dia!? Fechamos os olhos, adormecemos e vamos, para o lugar onde os sonhos nascem? Um único dia, em que somos especialmente únicos, infinitamente únicos?! Ou não!
Um dia eu nasci para ti. E tornei-me de verdade. Ainda não sei se me tornei única.
Um dia nasceste para mim. Para seres único e de verdade. Para mim! Oh, fada Azul!... Oh, fada Azul!...


2 comentários:

Anônimo disse...

É um texto verdadeiramente lindo e que dispensa verdadeiramente as asneiras.

Milhões de beijos
Lin Xung

espinhos e outras flores disse...

Lin Xung,

Pronto, cortei a parte final, as asneiras. São recaídas. É dificil de controlar essa vontade de soltar o asneiredo, é como se ele nos ajudasse a exprimir,a desabafar. Vícios!

Milhões de beijos.