sexta-feira, 9 de maio de 2008

Quando era pequenina, enquanto os outros se divertiam a brincar, eu costumava andar com uma sebenta debaixo do braço e um estojo de canetas e lapiseiras e desenhava. Desenhava tudo o que via, pessoas, animais e objectos. E também coisas abstractas a tinta da china - em preto e branco. O meu lado negro delimitado pela televisão, na altura a preto e branco e muito consumida por mim. Adorava filmes de terror. Esperava que todos adormecessem e depois, pé-ante-pé, descia as escadas do quarto de lanterna na mão e ficava na sala, a ver filmes, sem som, até tarde. Depois, deitava-me e adormecia de luz acesa, porque tinha medo do escuro. A minha mãe nunca percebeu porquê!

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