quinta-feira, 7 de abril de 2011

...

Para onde vamos? - VII
.
Não sei esperar! Consumo o tempo todo numa espera que sei vã e, ainda assim, posso dizê-lo: não sei esperar por aquilo que, sei, nunca chegará! Nunca soube esperar no escuro! Tenho em mim um formigueiro que me atravessa a alma com passinhos lentos, marcha certinha, como se me estivesse a picotar, a caminhar para o purgatório.
Esta manhã disse: estou descrente. Com a calma das manhãs claras de sol, em que abro as janelas e me comprometo a viver com prazer. Respirei fundo. Arranjei-me como quem arranja um ramo de flores numa jarra e saí para a vida.
Ontem tomei decisões mas não fiz promessas. Não posso prometer às estrelas aquilo que não tenho para lhes dar. Mas posso partir, na esperânça de me encontrar com elas. Porque estou descrente e acredito...

Nenhum comentário: