segunda-feira, 18 de abril de 2011

COISAS PARVAS

Ainda a lua de Março, em pleno dia
.
Tenho a minha maneira de ser bem caracteristica, como todos nós temos.
Valorizo demasiado a minha privacidade.  Passo longos períodos sozinha, mas gosto do convívio. Não gosto de confusões, nem gosto de ser confundida, por isso gosto de espaços amplos - no sentido de não muito preenchidos - e claros - no sentido de transparentes, onde me sinta reconhecida e admirada e onde possa observar com clareza, reconhecer e admirar.
Gosto da simplicidade porque a filtro como uma grandeza.
Gosto de reciprocidade. Não necessáriamente de uma correspondência total e mútua de ideias, ideais ou sentimentos, mas de demonstração de afectos e considerações.
Destesto o desprezo. Poucas pessoas o merecem por muito ruinzinhas que as consideremos.
Adoro dialogar, no verdadeiro sentido de trocar palavras e opiniões.
Gosto de partilhar todo o tipo de coisas, materiais e imateriais.
Gosto de petiscar, de rir, de contar anedotas e de cantar ópera no banho.
Gosto de renovar coisas velhas ao invés de as deitar fora.
Gosto de brincar com as palavras, de lhes dar sentidos ocultos, mais do que um sentido e, sobretudo, de lhes dar sentimentos e vida.
Gosto de seduzir e de ser seduzida, de desejar e fazer-me desejada subtil e discretamente, mas de uma forma intensa.
Gosto de pessoas que não têm medo de arriscar e de viver. E de pessoas que têm medo de arriscar e de viver. Gosto de pessoas.
Gosto do silêncio mas não gosto da ausência.
Gosto da lua cheia. E gosto da lua mesmo quando não está cheia!
Gosto de ti, mais do que da lua.

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