quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

CHAMAVA-SE SAUDADE!



E a tristeza,
enfim,
partiu!
.
Um dia há-de voltar,
sem ser convocada,
sem hora marcada!
.
Porque a tristeza,
não pede licênça,
nem presta contas!
.
.
.
Uma dor que brota do escuro,
depois de transfiguradas as tonalidades dos anseios.
Aquele escuro que brota do vazio,
depois de despejados os afectos.
.
Era saudade persistente, toda aquela tristeza!
E nem abstracta era!
Pura, definida.
Sólida amargura.
.
Quem sabe o que levou, quem sabe?...
Se não este silêncio... segredo que tardava!
Condenso-me.
Reuno-me toda no sentir e transformo-me,
para tornar-me no que somos quando momentaneamente adiccionados.
Não nego nada.
Recuso renunciar.
Confesso esta desordem de valores.
Toda eu sou vento que se solta.
.
Há uma vida atrás da minha vida.
Definição de todos os sentires.
Não sei de nada,
se não que está presente,
e retira a inocência da verdade.
.
Mas então?
Não se foi toda aquela tristeza?!...
Só porque quebrada esta saudade,
que em teus braços amortalho!
.
Alfonsina y el mar - Los Sabandeños & Camila Cafrune

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