domingo, 10 de fevereiro de 2008

SEM TITULO E SEM ESTÓRIA


Procuro disfarçar
o ânimo agonizado, nos dias sempre iguais.
E nem fingimento é!
Tristeza e nostalgia a residir no olhar,
nos gestos dormentes e quebrados.
.
Há pessoas que não percebem os sinais.
Não ouvem as palavras intermédias.
Nem retiram da pele o sentido de morte anúnciada!
Porque há pessoas que vivem num mundo pequeno,
de satisfações unilaterais, breves e medíocres.
Há pessoas que se sentem felizes
dentro de um círculo fechado,
sem ousar ir além, sem arriscar.
E jámais sairão desse resumo de vida.
.
Acredito na leitura dos sentidos.
Acredito que cada um de nós é uma estrada.
Com todos os sinais necessários
para que os outros possam percorre-la.
Seguindo as instruções nas mais variadas formas de expresssão.
.
Mas talvez esteja enganada.
Há pessoas que nem os diálogos transparentes entendem.
E as relações vivem-se num anonimato a dois!
.
E eu sou cobarde!
Constrange-me a desolação dos sonhos arrastados na corrente.
E o olhar do barqueiro que fica a ver a barca ir-se embora,
triste, sem nada fazer,
porque nunca soube fazer mais do que isso!
.
Sou tão cobarde!...
Adio o inevitável...
.
Never there - Cake

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