sábado, 23 de fevereiro de 2008

HÁ SEMPRE UM LUGAR ONDE NUNCA ESTIVEMOS.

Em 13 de Novembro de 2007, fiz um post com o título "viragem". Decidi nesse dia tomar um novo rumo. Fiz um investimento que só me deu prejuízo. A seguir arrisquei numa relação que não resulta de forma alguma.
Uma tourada!
Poderia muito bem ter pensado que o dia 13, seja de que ano ou mês, não será, certamente, o melhor dia para se tomar decisões desta natureza. Mas, heis o espirito rebelde e de contradição que me obriga a desafiar tudo! E a final de contas, 13 é apenas um nº ímpar!
Pois está na hora da pega.
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Ontem à noite, aqui sozinha, com os meus pensamentos, tranquila quanto baste e desiludida na medida certa, questionei-me sobre se pretendo continuar a mentir, a inventar desculpas. Porque a mentira é perigosamente viciante! Se permitirmos, ela torna-se um hábito diário. Inicialmente é uma inquietação, mas, à medida que o tempo passa, torna-se tão natural como tomar café.
Não gosto da mentira, é corrosiva a todos os níveis! Mas então porque minto? Porque invento que tenho reuniões, que estou doente, o meu filho ficou cá, amanhã tenho de ir jantar a casa do cunhado, etc? Tão simples quanto isto: é mais fácil mentir do que enfrentar e dizer a verdade! Não era assim no passado! Apesar de ponderada nas palavras e, por vezes, comediante (creio que no bom sentido, apenas para suavizar) na forma de dizer as coisas, não deixava de as dizer, doesse a quem doesse.
Agora..., não sei o que se passa comigo! Talvez seja sentimento de culpa ou remorso! Talvez tenha a consciência de ter criado uma falsa expectativa na outra pessoa e isso me retraia. Agora, talvez me doa o facto de encarar que falhei mais uma vez!
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Esta manhã acordei muito cedo. Dormi muito pouco mas, às voltas na cama, foi escusado tentar adormecer novamente. Assim sendo, levantei-me e comecei a trabalhar. E comecei a pensar em tudo isto! E naquilo! E no outro! E cheguei a conclusão nenhuma!
O certo é que me sinto estranhamente desafectada e tranquila! O que poderá ser sintomático de mudânça abrupta (quiçá precipitada!).
Está na hora de encarar o touro nos olhos.
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E depois - reflectindo sobre esta virajem de verdadeiro insucesso - arrumar as emoções, aprender as lições que haja a aprender e procurar outro caminho.
Hoje sinto que já estou com um pé a querer mexer-se. Talvez queira dançar! E porque não? Dançar, coisa maravilhosa!

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