quinta-feira, 23 de setembro de 2010

COISAS PARVAS


Ontem à noite disse ao meu filho:
- Vou sair. Não sei a que horas chego. Não esperes por mim. E não te deites tarde, no máximo à meia noite.
E ele retorquiu:
- Vais saír? Mas o que é isto? Agora é todas as noites?! Já estás a abusar!
Eu fiquei a olhar para ele, sem saber o que dizer, à procura de uma desculpa.
- O que é isto, pergunto eu? Tu és meu filho, não és meu pai! Vá... tem juízo! Eu não me demoro. - Respondi comprometida.
Entrei em casa já passava das três horas da matina. Descalcei-me à porta, rodei a chave e entrei devagarinho, pé-ante-pé, com as sandálias na mão e a fazer chuiiiuuu ao cão que saltava para cima de mim. Perante o estardaçal do cão, dei por mim a agarrá-lo com força e dizer-lhe ao ouvido: - Por amor de Deus! Não me estragues a vida! Ele não pode saber a que horas entrei em casa! Senão estou tramada!
De repente parei e interroguei-me: - Estou com medo de ficar de castigo?! Que grande idiota!
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Pure - Blackbird Blackbird

Um comentário:

Anônimo disse...

P`ra que um filho cria um pai! Neste caso, uma mãe.
Milhões de beijos.

Lin Xung