quarta-feira, 22 de setembro de 2010

OS HOMENS!!!


Ontem tive uma tarde péssima! Queria trabalhar, mas o telefone estava sempre a tocar, ora chamadas, ora mensagens! Para além disso, tive sempre ao pé de mim uma amiga (não eramos muito íntimas, mas a conjuctura actual - emocionalmente falando - aproximou-nos), que estava numa ansiedade de cortar ao cutelo! A juntar a isso, atendi uma cliente que, inesperadamente, desatou a chorar! Gaita! (Já quase não digo asneiras! Confesso que houve um comentário anónimo que me tocou profundamente, me envergonhou e deu-me aquela força necessária para ganhar maneiras!).

Já quase tinha deixado de fumar, até ontem à tarde que, num ápice, limpei quase um maço de tabaco! Sou influenciável! Quem não o é? Se passo muito tempo com alguém que não fuma, evito perturbar essa pessoa com a minha fumaceira - é uma questão de respeito e só tenho a ganhar com isso. Se passo muito tempo com alguém ansioso, acabo a banhar-me em ansiedade!

Mas voltando à minha amiga, é uma rapariga (bem, é uma mulher que já passou dos quarenta) que se apaixonou recentemente. Melhor dizendo, reapaixonou-se por um antigo namorado, daqueles da adolescencia! E é tudo tão deslumbrante no auge da paixão! Ele é "meu doce, minha fofinha, coisa linda, maravilhosa, meu sonho, minha querida, meu amor...!!! É tudo muito profundo, muito açucaradado! Eu poderia dizer que chega a ser enjoativo, o que não é verdade, pois bem sabemos como é ridiculamente delicioso todo esse favo de mel! Que tão bem faz à nossa alma, sempre faminta de afecto. Continuando...

A minha amiga perdeu o apetite e uns bons quilos que tinha a mais, perdeu o sono e até largou o juízo num canto qualquer de que já não tem memória. Como o rapaz está no estranjeiro, ela não perdeu tempo e comprou uma passagem de avião para ir ter com ele. Foi então que o rapaz logo cessou com a ternurice, acabou com as mensagens, os emails e os telefonemas. Em face do silêncio do apaixonado, ela ficou insegura, com os nervos em frangalhos, vómitos, dores nas costas e nos braços e crises de pánico. E eu a tentar acalmá-la, dentro dos poucos meios de que dispunha.

Como se não bastasse, a cliente que está a meio de um processo de divórcio começou a contar-me que o primeiro marido lhe batia todos os dias e este, o segundo, foi um desprezo total, nem um beijo na boca lhe dava! E, do seu rosto triste, rolaram as lágrimas. Ao mesmo tempo que o meu telemóvel apitava, apitava, como que a querer dizer-me:"Tola! Ingrata! Ingrata!"

Os homens são todos iguais! Sou obrigada a concluir que todos frequentam a mesma escola, agem da mesma forma e sentem da mesma maneira! Custa-me dizer isto! Eu até gostava de não ter de o dizer, até gostava de pensar outra coisa, pois seria muito mais feliz se pudesse ter esperanças de um dia encontrar um homem diferente. Mas as provas que tenho e a fase de inquérito já tem uns longos anos, são precisamente estas! Os homens são uns sacanas! Os homens não são de confiança! São seres estranhos com comportamentos inexplicáveis e incompreensiveis! É certo que há muitos homens deliciosos e até maravilhosos, desde que não queiramos nada deles nem aprofundemos o conhecimento da sua mente obscura. Por isso, a melhor e se calhar a única maneira de nos relacionarmos com um homem seja a do de vez em quando, trocarmos conversas e bactérias, promessas vãs e ridicularias, vinho e um queijo da serra.

Estarei a ser injusta, - e também gostaria de acreditar nisso - com algum ser que nunca terei tido o privilégio de conhecer e que possívelmente nunca conhecerei. E, como se o acaso gozasse comigo, acaba de me ligar um homem maravilhoso a dizer que tem saudades minhas e que hoje me vem visitar com o seu sorriso encantador! Como se o acaso quisesse ou pudesse contrariar esta tese que ontem, depois de umas quantas horas de stres, acabei por elaborar no meu (sub)consciente. É que, à cautela e por dever de consciência, nada espero. Sendo certo que me entrego e recebo sem reservas o que de melhor puder. Porque assim fomos feitos ou criados e, inevitavelmente, sonhamos, uns com os outros, uns mais que os outros, uns e os outros. Todos precisamos de amor mas, creio, os homens não sabem como usá-lo e o amor não se faz acompanhar de livro de instruções!
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Estará uma lua cheia lindíssima esta noite!

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