sábado, 22 de janeiro de 2011

Neste momento não estou com clareza suficiente para perceber o que me aconteceu! Sei que ontem me deitei muito cedo mas dormi mal. Acordei diversas vezes durante a noite, vinha fumar um cigarro, deitava-me, levantava-me e vinha fumar um cigarro. De manhã peguei no sono e não consegui ir trabalhar, dormi. Durante o resto do dia, a minha cabeça não funcionava e não fui trabalhar! Quando falei com ele comecei a filosofar, a filosofar e penso que acabei tudo. Não tenho bem a certeza, mas penso que sim! Sei que ficou uma brecha, mas dificilmente haverá continuidade. Duas horas depois tinha aqui duas amigas a jantar comigo, bebemos uns copos e fomos a um bar. Porque hoje, a última coisa que queria era ficar sózinha. Agora estou sozinha. Já falei tanto sobre o assunto que quero pensar e não consigo. O que foi que aconteceu? Ele deixou de corresponder às minhas expectativas. Terei eu deixado de corresponder às dele? Possívelmente. A paixão finou. A paixão é coisa breve, dizem que dura, no máximo, seis meses. Deve ter atingido o período de durabilidade, digo eu que me sinto sem sono, mas demasido cansada para fazer a devida análise. Dizem que eu fui precipitada. Talvez tenha sido! Assumo que o meu orgulho excede todos os limites da razoabilidade, mas não fui eu que quis acabar a relação. Seria demasiado convencida e arrogante se assim o entendesse. Penso que ele quis que eu o fizesse para lhe facilitar a vida. Não sei! estou convicta que sim, por razões que ora não direi.
Sinto-me angustiada, mas nem uma lágrima, nem a filha da mãe de uma lágrima! Não vou dizer que ele foi uma paixão de me arrebatar - talvez não volte a ter paixões de me tirarem o sono e de me fazerem perder o juízo!- mas foi a pessoa que me fez mais feliz nos últimos anos, que me deu maior tranquilidade e os momentos mais maravilhosos. Bem sei que me senti sempre, inexplicavelmente, incompleta! Como se um lado do meu coração estivesse preenchido e o outro vazio, com uma fenda insuperável! Serei eu demasido orgulhosa, demasiado racional ou demasido sonhadora? E porquê esta questão? Quando quebram as expectativas corto o mal pela raíz quase imediatamente. Faço-o por orgulho e porque assim que me defendo de um maior sofrimento que advenha futuramente. Ajo racionalmente, porque analiso e concluo e tento não me deixar levar pelas emoções (o orgulho dificilmente mo permitiria - só uma grande paixão ou um grande amor me quebra o orgulho). E na hora de por o ponto final coloco-o. E assim é porque sonho, e o meu sonho não se basta com o prosaico, com o mediano, com o banal, com o monótono, com o mediocre. Isso é a realidade. E não sei como conciliar o sonho e a realidade! Sinto-me tão triste! Não sei se com a vida, se comigo mesma!

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