domingo, 23 de janeiro de 2011

PENSAMENTOS DISPERSOS

Esta tirei-a no verão quando voltava do norte. É óptimo viajar atenta ás paisagens, sempre se captam coisas engraçadas.
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Sentia-me cansada e infeliz quando me deitei. Dormi profundamente cerca de 8h00. Quando acordei reuni comigo mesma durante umas horas, para reflectir, tentar perceber e aceitar os factos, para melhor lidar com eles, e tentar perceber os sentimentos, com vista a aceitá-los.
A realidade não é apenas o que está fora de mim, essencialmente a realidade é o que está dentro de mim. Por isso, eu vivo duas realidades. E cada um de nós tem as suas realidades. A realidade interior é a que toma as rédeas e me conduz na realidade exterior. A minha realidade interior é mais emotiva que a minha realidade exterior. A minha realidade interior é instável, tem oscilações derivadas do modo como percepciona as realidades daqueles com quem me relaciono, e reaje emocionalmente às interpretações que faz, que podem ser positivas ou negativas, não lhe sendo indiferente. Assim, a minha posição perante os outros e a própria vida depende, não só das minhas vibrações e da análise que lhe faço, mas também das vibrações dos outros e da respectiva análise.
E ainda que, por vezes não consiga compreender as verdades dos outros e o seu modo de agir, reflectindo sobre isso, posso compreender que as minhas verdades não são melhores ou mais certas que as dos outros e, deste modo, aceitar as verdades dos outros, ainda que as não compreenda. Isto ajuda-me a serenar e a pensar que lá fora, apesar do frio, o vento emite um som que parece música, o mar faz um barulho que parece fala e a praia continua tão bela como à um mês atrás. Vou passear, procurar a paz de que preciso para poder absorver com prazer as coisas belas que posso ver, ouvir e ler.

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