quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A VIDA É INJUSTA

Ainda o meu Norte.
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Ontem ligou-me um dos meus grandes amigos de longa data. Era amigo de infância do meu ex-marido e do meu cunhado, hoje não tem qualquer ligação com eles, mas a nossa amizade cresceu muito ao longo dos anos. Está casado e é dos poucos homens a quem sempre ouvi dizer que decidida e definitavamente era feliz e para sempre. Tinha um casamento muito harmonioso.
Há largos meses que não falavamos.
- Quero-te convidar para almoçar. - Disse-me ele.
- Passa-se alguma coisa? - Perguntei.
- Não, nada. Não se passa nada. - Respondeu.
- Ah! Por momentos fiquei a pensar... e então, diz-me lá, como é que estás?
- Vou indo...
- Vais indo!? Isso é resposta que me dês!
- Sabes, a felicidade não é eterna. A felicidade também se gasta.
- Eu logo vi que se passa alguma coisa! - Afirmei.
- Não. O problema é que não se passa rigorosamente nada! Nada de nada! Preciso de passar um pouco de tempo contigo para perceber que estou vivo.
- Então, vamos almoçar.

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